Os escritores que aceleram neste blog

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acompanho a F1 desde 1994. por vezes o estranhamento choca e traz interesse. gosto de história desde 2002. bons professores trazem a tona paixões que pareciam subexistir. sou Ridson de Araújo, tenho 21 anos, faço História na Universidade Federal do Ceará.

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Este blog foi criado no intuito de divulgar, publicizar opiniões caladas e pesquisas que em geral não tem o devido espaço que (acreditamos) merecem. A iniciativa foi de Ridson de Araújo, e agora contará com colaboradores. Cada pessoa que se encontra aqui na redação tem o potencial como várias outras pessoas que tem/não tem internet, de pensar e agir. Duas paixões e duas escolhas: História(s) e Velocidade.

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sábado, 21 de novembro de 2009

Um retorno ansiosamente aguardado II

Que inferno...quando penso que me livro das coisas da faculdade, elas voltam para me assombrar; e o trabalho também...e agora com um novo computador, não tive tempo para respirar (e sim fazer back ups)...peço novamente desculpas a todos e agradeço imensamente os precisos posts de Jobson Mendes (começo a achar que o co-piloto sou eu agora rsrs)

Muito se falou nestes dias sobre as mudanças que aconteceram na Maclaren e na Brawn, que virou Mercedes. Primeiro Button na Maclaren: ele conseguiria superar o favorecimento a Hamilton na equipe? Depois, com as recentes abordagens (que não me parecem mais tão inocentes) de que Schumacher iria voltar para a categoria, numa Mercedes que o impulsionou até ir para a Benetton (ele ingressou na F1 por intermédio da Mercedes na Jordan). Ou melhor, a Mercedes o olhou com cuidado até ele romper de vez (nunca se sabe ao certo quando), e a ida à Ferrari me pareceu um rompimento definitivo.

Ok. E o que tudo influenciou no meu texto de hoje: nada. Tudo a ver. Quando se pensa na volta da "Era do não-abastecimento", depois de uma "Era do reabastecimento", é só lembrar que tipo de piloto foi mais vitorioso em cada etapa da F1. Isto se torna importante quando pensamos no que cada época necessitava.

Por exemplo: pilotos que possuem uma guiada mais redonda, são mais estratégicos com o uso dos pneus e são mais precisos, como era o caso de Alain Prost, reinaram nesta era. É uma "verdade" estatística, que embora não possa garantir com precisão que tenha sido este o motivo para 4 títulos de Prost e 3 vices, entre o período de 1984 a 1993, período do não-reabastecimento. Para se ter uma idéia, no mesmo período, Ayrton Senna, de talento equiparável ao de Prost, conseguiu 3 títulos e 2 vices. Sem cair no velho e batido comparativismo entre os dois (ambos eram fantásticos, e com carros competitivos conseguiam fantásticas vitórias, cada uma ao seu estilo). Senna seria a grande exceção dos pilotos com estilo mais arrojado nas curvas, zebras e que em tese consumiria mais pneus, combustível e freios, a chave para a vitória ou derrota em uma corrida neste período. Entretanto, vale lembrar que Senna aprendeu a economizar (e muito bem) os pneus e combustível pós 1988, assim lhe garantindo vitórias disperdiçadas nos anos anteriores. Lógico que ter um bom carro, equilibrado e rápido, é fundamental. Só que, pelo dito, nestas configurações (que voltaremos a ter ano que vem), o estilo do piloto é fundamental.

Nos anos em que foi permitido abastecimento antes de 1983, o grande vencedor se chama Nelson Piquet. Dono de uma pilotagem extremamente técnica, de voltas rápidas perto das ultrapassagens (aliás, foi Piquet quem inaugurou o abastecimento e por conta de suas vitórias que o reabastecimento foi proibido), Piquet conquistou o campeonato de 1983 em cima de um Prost que não era tão técnico quanto Piquet, embora muito rápido. Com um motorzão BMW e suas reservas técnicas, Piquet se tornou bicampeão.

Na volta do reabastecimento, um nome reinou absoluto. Michael Schumacher. Mesmo que o alemão não tivesse um carro digno de conquistar um título, e que ainda fosse errante e afobado, alemão não parecia ter tanta supremacia na época no não-abastecimento. Entretanto, quando chegamos ao reabastecimento, momento em que era fundamental ser rápido e preciso como um relógio, e ter uma estratégia bem inteligente de corrida armada entre equipe e piloto, e aí a dupla Brawn-Schumacher reinou absoluta. Schumacher só não venceu de 1996 a 1999 ( venceu corridas, e não campeonatos), até se aposentar em 2006 (pelo menos, por enquanto rsrs), com impressionantes 89 vitórias. Claro, considerando 1995 (Benetton); 2002 e 2004 (Ferrari) carros imbatíveis, com amplo favorecimento interno nas equipes para o alemão (e provavelmente menos vitórias teria). Memso assim, Schumacher aliou imenso talento e arrojo aliada a um estilo preciso e rápido nas voltas pre-abastecimento para vencer muitas de suas corridas no box.

O que nos leva a uma pergunta: quem será o novo Prost do retorno ao não-abastecimento? Pilotos como Hamilton, Massa, Kubica, com estilos mais agressivos de pilotagem nas curvas. O mesmo ocorrendo com Barrichello, mas numa Williams não terá tantas chances (em teoria). Do contrário, Button e Alonso são os mais favorecidos. São mais precisos, com técnica mais objetiva, menos estabanada. Nada que o talento de Hamilton e Massa não possam contornar e aprender (como fez Senna) a lidar com as novas condições. Só que, em um campeonato com carros tão poderosos dividindo a frente do grid (Mercedes, Ferrari, Maclare e Red Bull), quem largar na frente terá vantagem.

Por isso, eu acredito que Button dará trabalho a Hamilton, assim como Alonso terá vantagem sobre Massa. As corridas podem nos surpreender... ou não. Teremos seguramente inícios e fins de corrida como incógnitas: quem acelera mais? quem poupa melhor? os carros, com tanques maiores..como lidarão? 2010 vem com tantas mudanças, nos bastidores, no grid e no regulamento, que sem dúvida nos matará de curiosidade; um retorno sem dúvida muito aguardado.

3 comentários:

  1. Alain Prost realmente era diferenciado, com seu estilo de pilotagem técnico, ou melhor chato. Em Breve veremos quem será o novo Prost...

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  2. bom...diria que o heidfeld é a versão moderna do prost...porém sem resultados rsrsrs

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