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acompanho a F1 desde 1994. por vezes o estranhamento choca e traz interesse. gosto de história desde 2002. bons professores trazem a tona paixões que pareciam subexistir. sou Ridson de Araújo, tenho 21 anos, faço História na Universidade Federal do Ceará.

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Este blog foi criado no intuito de divulgar, publicizar opiniões caladas e pesquisas que em geral não tem o devido espaço que (acreditamos) merecem. A iniciativa foi de Ridson de Araújo, e agora contará com colaboradores. Cada pessoa que se encontra aqui na redação tem o potencial como várias outras pessoas que tem/não tem internet, de pensar e agir. Duas paixões e duas escolhas: História(s) e Velocidade.

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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Uma Opinião: Franz Tost.


Continuando com a sessão semanal de Uma Opinião, uma coluna fixa aqui no Histórias e Velocidade publicada preferencialmente no meio da semana no qual nós comentamos sobre alguma personalidade ligada ao automobilismo seja piloto, dirigente ou jornalista. O Ridson já fez duas belas análises uma sobre Galvão Bueno e outra sobre Rubens Barrichello, e eu iniciei com Jacques Villeneuve.

Na coluna de hoje vou comentar sobre o atual chefe da Toro Rosso, Franz Tost. Esse austríaco nascido em 20 de janeiro de 1956 fã declarado do piloto Jochen Rindt morto em um acidente nos treinos para o GP da Itália de 1970 pela equipe Lotus e único piloto a ganhar um título póstumo na F-1 foi quem incentivou Franz para este meio automobilístico. Como alguma das pessoas que atualmente trabalham em cargos de chefia no automobilismo, Tost também se aventurou a pilotar quando jovem e participou da Fórmula Ford na Áustria sendo campeão em 1983. Posteriormente Franz decidiu seguir carreira universitária fazendo uma licenciatura em Gestão Desportiva na Universidade de Innsbruck.

Conseguiu emprego na Walter Lechner Racing School, no circuito Zeltweg. Passou pela EUFRA Racing onde foi gestor até conhecer Willi Webber e Ralf Schumacher. Willi que na época já era empresário dos irmãos Schumacher o trouxe para assessorar o mais novo dos irmãos, Ralf. Tost passou a ser assessor de Ralf Schumacher desde o inicio de sua carreira no exterior na F-3 japonesa e o acompanhou em sua chegada na F-1 primeiro na Jordan, depois na Williams onde posteriormente também passou a trabalhar a convite da BMW. Ralf seguiu outro caminho e Tost ficou com o papel de Gerente de Operações da equipe Williams-BMW até 2005.

Convidado por Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull para ser chefe da equipe Toro Rosso em 2006 na estréia do time que sucedia a Minardi. Franz Tost prontamente aceitou e logo depois fez uma boa parceria com Gerhard Berger que chegou como sócio do time, todavia, eles já se conheciam dos tempos de Williams.

No ano passado em uma cerimônia para premiar GP de Cingapura como primeiro GP noturno da categoria foi nomeado chefe de equipe do ano. Influenciado em parte pela surpreendente performance de seus carros na segunda metade do campeonato que resultou na primeira vitória da equipe Toro Rosso em Monza com Sebastian Vettel. Franz também é conhecido pela audácia em negociar com grandes nomes e por seu temperamento explosivo com os pilotos, sendo que seu último desafeto foi o francês Sebastien Bourdais recém demitido do time por ele.

Junto com Berger, Tost negociou em duas oportunidades convencer e trazer Juan Pablo Montoya de volta a F-1, mas, infelizmente sem sucesso, além de tentar tirar Mika Hakkinen da aposentadoria e depois da briga de Fernando Alonso com Ron Dennis e a posterior saída do piloto da McLaren também foi em busca do espanhol bicampeão mundial.

Mas, o episódio mais lembrado de Franz Tost na F-1 foi o arranca rabo que teve com o piloto estadunidense Scott Speed que competia pelo time e participante do programa de jovens talentos da Red Bull, no GP da Europa de 2007 em Nürburgring. Speed declarou que foi agredido por Tost após seu abandono, chegando a dizer que levou um murro no meio das costas, além de ser agarrado pelo pescoço sendo encostado na parede e afirmando – “Toda a equipe viu”. Na versão do diretor da Time de Faenza, Speed exagerou na descrição dos fatos, mas não negou a discussão - "Ele não quis ouvir que errou, portanto agarrei-o pelo ombro quando ele estava indo embora e disse-lhe: “Não podes virar as costas para mim desta forma”. “Eu nunca lhe agarrei pelo pescoço. “E depois de me acalmar, pedi-lhe desculpa pelo sucedido”. Declarou Franz na época. Temendo pela sua vida Speed saiu do time e da categoria sendo substituído por Sebastian Vettel na etapa seguinte.

Tost, ganhou fama de “esquentadinho” do circo da F-1. Na medida do possível tem sido um bom profissional e segue a risca a cartilha da Red Bull. Em 2009 está tendo que se virar com os desafios de gerir a equipe sem Berger e com metade do orçamento da matriz Red Bull um dos destaques do campeonato. Acatou a ordem para que a Toro Rosso fosse usada pela Ferrari para testar a longevidade dos seus motores nos treinos de sexta-feira dos GP’s. Só que tal acerto acaba prejudicando a equipe no decorrer do final de semana. Uma das explicações pela baixa competitividade da equipe este ano e das dificuldades para o acerto do carro que Bourdais sempre reclamava. Será que o francês foi pego para Cristo?

A Toro corre o risco de ser vendida, mas corajosamente, Tost já declarou que de qualquer forma será um construtor em 2010. E isso talvez explique sua escolha pelo jovem espanhol Jaime Alguersuari que trouxe a equipe uma ajuda de custo. E ainda para 2010 Franz Tost opte por outros pilotos pagantes para correr na equipe. Em busca da sobrevivência e autonomia, Franz espera retomar a boa fase da equipe sem ter que depender tanto da Matriz, aliás, já faz tempo que a Red Bull não tem mais tanto interesse em sua filial. E por esse mesmo motivo Berger abandonou o barco e deixou o abacaxi pro Franz Tost.

Fonte:
www.tororosso.com

3 comentários:

  1. Boa análise, Jobson...mas só p/ te sacanear (no bom sentido) faltou a opinião rsrs

    O arranca-rabo que teve com o Speed, eu nem levei muito à sério, mas acredito que Tost, mesmo sendo um cara duro na discussão, tem fazendo um trabalho interessante na Toro Rosso, além de ter uma trajetória até semelhante em certos aspectos ao David Richards...

    Creio que o problema de Tost seja ter de lidar com vários abacaxis ao mesmo tempo,e nem sempre saber como lidar com isso. Ferrari, Red Bull...e os pilotos...sem dúvidas o melhor que teve nas mãos foi Vettel, mas o Bourdais mesmo tendo talento nunca ajudou muito a equipe. Reclamava de um jeito tão assintoso quanto Barrichello, ou até mais; e isso cavou demais contra o francês...

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  2. O Complicado de tost foi a queimada q eledá nos pilotos. Primeiro foi com o Speed(que tb não corria nada mesmo)e depois co o bourdais, que eu achei precipitado, mas acredito que o motivo tenha sido mais grana do que outra coisa. Ele é aquele cara que não tenho nada contra, mas tb nada a favor.

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  3. é... não é a toa que está a tanto tempo na F1. E não é pra qualquer um ganhar um prêmio como esse, com tanta gente competente na F1. Se ele disse que no ano que vem continua, só nos resta acreditar...

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