Não me aterei aqui a uma análise linguística-discursiva, ou muito menos a uma grande reflexão sobre a epistemologia do conhecimento, no tal debate entre objetividade e subjetividade, que tanto permeou a discussão sobre a construção do conhecimento.
Este texto é mais do que tudo, um desabafo.
Por ser um historiador, que não consegue desatrelar seu conhecimento dos gostos pessoais, eu não consigo pensar em uma visão impessoal, imparcial, como o tal discurso dito científico, e mais especificamente o discurso jornalístico. Não dá p/ acreditar, sinceramente, em discurso desapaixonado, isento impessoal. Muito menos cair na armadilha de achar que alguém é melhor analítico do que outro pq se reveste com uma couraça fingindo despretensão. É claro, para mim, o jogo de disputas, o jogo de poderes, expressos pela palavra ou pela omissão dela.
O campo jornalístico é repleto deles e é bem visível a necessidade quase fatalista de afastar qualquer reconhecimento de subjetividade ou da simples impossibilidade de um discurso perfeito e isolado, purista, tentando negar cabalmente o passado partidário e panfletário dos antigos jornais, os do século XIX, redutos da intelectualidade e literatura da época. É justificado, reconheço, esse medo da subjetidade excessiva, do personalismo que empobrece a discussão, que impede qualquer diálogo. Fugir À francesa, ou pior, maquear a subjetidade, é igualmente empobrecedor, simplista. Fica um dilema, no qual para negar uma falha comete-se uma grosseira omissão.
As pessoas e os discursos críticos, no correto sentido do termo, analíticos, que enxergam pontos positivos e negativos, que possuem autocrítica e que dão mais valor ao debate do que a contenda pessoal (e que também não fogem da raia) me apetecem muito mais.
Vejo muito isso na imprensa automobilística: ridicularizam os nacionalistas, e caem na armadilha de negar qualquer parentesco com isso com outra postura fechada e pior, arrogante, superior, orgulhosa da pretensa neutralidade. Que fique claro: minha postura política nunca foi nem será nacionalista. Sou um crítico do pachequismo babaca e doente. Nem por isso deixo de apreciar esportistas locais (ou extra-julgá-los se não estão À altura só p/ me sentir superior ao "negar isso") ou apreciar outros. Aprecio o esporte e torço p/ quem eu quiser, sem medo de ser feliz. Ninguém vai torcer por mim ou vai me convencer do contrário se eu msm não quiser ser convencido. Sem o risco de ser impessoalista ou pessoalista demais. Nenhum extremo me parece coerente.
Da mesma forma que vejo com maus olhos o fanatismo, o ultranacionalismo, a xenofobia e o etnocentrismo, vejo com maus olhos a cegueira cruel da cobrança grotesta, a arrogância reveladora de quuem só sabe detonar, a falsa segurança de quem projeta nos outros seus problemas pessoais.
É quase um apelo aos que gostam de qualquer esporte, que simplesmente revejam suas práticas. Foi mal, isso não é simples. Mas necessário. Quantas vezes se cai numa armadilha de uma pretensa imparcialidade, de um objetivismo simplista. Não somos simples, somos complexos mesmo, com todo o direito à contradição. E com todo o dever de reconhecer isso, trabalhar em cima das dificuldades e ir além.Sempre útil e revelador, o universo da autocrítica.
Conhecer o esporte que gosta ( e os esportistas que gosta) a postura política que defende, a pessoa que ama, nunca é demais, nem de menos. Torna os horizontes ao mesmo tempo serenos e intranquilos.Mas é a boa intranquilidade, que supera a apatia.
Este texto é mais do que tudo, um desabafo.
Por ser um historiador, que não consegue desatrelar seu conhecimento dos gostos pessoais, eu não consigo pensar em uma visão impessoal, imparcial, como o tal discurso dito científico, e mais especificamente o discurso jornalístico. Não dá p/ acreditar, sinceramente, em discurso desapaixonado, isento impessoal. Muito menos cair na armadilha de achar que alguém é melhor analítico do que outro pq se reveste com uma couraça fingindo despretensão. É claro, para mim, o jogo de disputas, o jogo de poderes, expressos pela palavra ou pela omissão dela.
O campo jornalístico é repleto deles e é bem visível a necessidade quase fatalista de afastar qualquer reconhecimento de subjetividade ou da simples impossibilidade de um discurso perfeito e isolado, purista, tentando negar cabalmente o passado partidário e panfletário dos antigos jornais, os do século XIX, redutos da intelectualidade e literatura da época. É justificado, reconheço, esse medo da subjetidade excessiva, do personalismo que empobrece a discussão, que impede qualquer diálogo. Fugir À francesa, ou pior, maquear a subjetidade, é igualmente empobrecedor, simplista. Fica um dilema, no qual para negar uma falha comete-se uma grosseira omissão.
As pessoas e os discursos críticos, no correto sentido do termo, analíticos, que enxergam pontos positivos e negativos, que possuem autocrítica e que dão mais valor ao debate do que a contenda pessoal (e que também não fogem da raia) me apetecem muito mais.
Vejo muito isso na imprensa automobilística: ridicularizam os nacionalistas, e caem na armadilha de negar qualquer parentesco com isso com outra postura fechada e pior, arrogante, superior, orgulhosa da pretensa neutralidade. Que fique claro: minha postura política nunca foi nem será nacionalista. Sou um crítico do pachequismo babaca e doente. Nem por isso deixo de apreciar esportistas locais (ou extra-julgá-los se não estão À altura só p/ me sentir superior ao "negar isso") ou apreciar outros. Aprecio o esporte e torço p/ quem eu quiser, sem medo de ser feliz. Ninguém vai torcer por mim ou vai me convencer do contrário se eu msm não quiser ser convencido. Sem o risco de ser impessoalista ou pessoalista demais. Nenhum extremo me parece coerente.
Da mesma forma que vejo com maus olhos o fanatismo, o ultranacionalismo, a xenofobia e o etnocentrismo, vejo com maus olhos a cegueira cruel da cobrança grotesta, a arrogância reveladora de quuem só sabe detonar, a falsa segurança de quem projeta nos outros seus problemas pessoais.
É quase um apelo aos que gostam de qualquer esporte, que simplesmente revejam suas práticas. Foi mal, isso não é simples. Mas necessário. Quantas vezes se cai numa armadilha de uma pretensa imparcialidade, de um objetivismo simplista. Não somos simples, somos complexos mesmo, com todo o direito à contradição. E com todo o dever de reconhecer isso, trabalhar em cima das dificuldades e ir além.Sempre útil e revelador, o universo da autocrítica.
Conhecer o esporte que gosta ( e os esportistas que gosta) a postura política que defende, a pessoa que ama, nunca é demais, nem de menos. Torna os horizontes ao mesmo tempo serenos e intranquilos.Mas é a boa intranquilidade, que supera a apatia.
É um ponto de vista, que é visto de vários pontos. Sejamos apenas sinceros e generosos e tudo será só festa, trabalho e pão.
ResponderExcluirAbs.
Hehe...sinceramente vc colocou de um jeito tão ambíguo que não sei aonde vc quis chegar, mas valeu pela impressão, Anselmo!
ResponderExcluirE volte sempre!
Um dos estudos mais famosos de Jurgen Habermas trata justamente da questão do atrelamento entre jornalismo e 'imparcialidade'.
ResponderExcluirSegundo ele, isso começou com a crise econômica de 1870, que minou os inúmeros pequenos jornais. Os poucos que ficaram de pé ou foram criados nesta época, e se tornaram gigantes (importante notar: quandO Hearst e Pulitzer criaram seus impérios), começaram a investir no efeito de imparcialidade.
É uma discussão complicada, já que nem toda parcialidade pode ser tolerada. Mas concordo com você na medida em que, mais condenável do que tudo, é se revestir de uma pretensa parcialidade absoluta (portanto, falsa) para criticar a opinião alheia.
"É uma discussão complicada, já que nem toda parcialidade pode ser tolerada. Mas concordo com você na medida em que, mais condenável do que tudo, é se revestir de uma pretensa parcialidade absoluta (portanto, falsa) para criticar a opinião alheia. "
ResponderExcluirDaniel, vc não quis dizer "imparcialidade absoluta"?
De qualquer maneira, no jogo das palavras, as duas seriam possíveis.
Hola!
ResponderExcluirTenes un gran blog!
Me uno a tus seguidores, yo tambien tengo un blog de F1 (Red Bull) y me gustaria que tu tambien te unieras a mi grupo de amigos.
Saludos,
Ricard
Fotos carros - Direto de Milão, Itália
ResponderExcluirOlá amigos,
Confiram no blog De Gennaro Motors as fotos que eu coloquei. Tem dois posts com fotos de veículos da marca Alfa Romeo e Fiat.
Link: http://www.degennaromotors.blogspot.com/
Neste link estão diversas fotos dos carros que circulam pela cidade:
http://degennaromotors.blogspot.com/2010/05/parte-6-fotos-de-carros-em-milao-italia.html
Outras matérias: Meu amigo Marcos “Tenere” continua sua viagem pela China. Ele me enviou novas fotos de veículos que ele encontrou pela China.
Um abraço,
Fernando A. De Gennaro
Cel: 55 (19) 9777-3664
De Gennaro Motors
www.degennaromotors.blogspot.com
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"Procuro fazer sempre o melhor, andar na busca da perfeição. Ou você faz bem feito ou não faz”.
Ayrton Senna