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acompanho a F1 desde 1994. por vezes o estranhamento choca e traz interesse. gosto de história desde 2002. bons professores trazem a tona paixões que pareciam subexistir. sou Ridson de Araújo, tenho 21 anos, faço História na Universidade Federal do Ceará.

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Mosley, o "monarca" enxaqueca e a "independência da Fota


A novela está ficando insuportável. 18 equipes confirmadas :as 10 desta temporada mais Superfund, Lola, Epsilon Euskadi, Prodrive, Us-boto-o -nome-que -quiser-até-Bernie-dizer -que-não (está virando piada da temporada o nome dessa equipe dos EUA), Brabham,N. Technology e Campos. Litespeed, da F-3 Inglesa e March foram anunciadas pela imprensa alemã, mas sem confirmação. Quem quer montar uma equipe comigo?

Sério, tá enchendo o saco.


As equipes da Fota (Williams suspensa) se inscreveram sob certas ressalvas anexadas no protocolo, O que as deixa à mercê de Mosley, o garoto-enxaqueca. Se as condições propostas pela Fota não forem aceitas, elas deixam o campeonato, e cada vez mais acho que deixam. Sinceramente acho legal termos novas equipes, 3 ou 4 a mais, e com a possibilidade de termos mais em alguns anos, com certas reformulações no regulamento esportivo, o que também se aplica ao técnico. Isso p/ acabar com essa pretensa identidade fechada e congelada no tempo da F1, a-histórica.


Buut...mesmo com a iniciativa até razoável da Fota, que permitia uma redução gradual e planejada, com possibilidade de fazer comercialização de peças (e até de chassis) das equipes maiores pelas iniciantes. Até aí consoante com declarações do próprio Mosley. Tudo parecia virar pizza, como em nosso "amado salve-salve" argh..Parlamento. Mas não está sendo. Pode até ser que no fim, eu tenha de rezafer este post e dizer: é, deu pizza!


Mosley quer a "democratização", num sentido quase irônico, burguês e figurado do termo (e não menos coerente com as defesas de democracia feitas por nossos partidos "liberais e democratas") e quer equipes novas, renovar a idéia da principal categoria do automobilismo. E, principalmente, quer mostrar que sua pessoa e a instituição que gere há tanto tempo são mais importantes que as lideranças historicamente constituídas (Ferrari...e a atualmente muda Maclaren), novos poderes (Toyota, Red Bull e BMW) e os vem-e-vai da Renault. Force India e Brawn dificilmente continuam no barco da Fota se este naufragar. Mosley sabe disso e vai pressionar quanto puder, e terá apoio de Ecclestone, que detém o nome da F1. Esse é o mais prejudicado em termos financeiros com a saída dos Fota, e vai segurá-lo de toda forma, com processos judiciais e o escambau...

O momento é mais sério: a crise mundial afeta loucamente o mercado automobilístico e isto dá o tom do que será o futuro da F1. A sanha de Mosley em sua afirmação política tomou rumos complicados para analisar historicamente...mas lembra o processo de independência política do Brasil, de 1822. Novas forças aliadas com forças historicamente fortalecidas rompem politicamente (embora não desejassem realmente isso) para reafirmar a lógica de poder delas, com medo de se saírem enfraquecidas tanto pelo poder do Monarca como pela crise ;no caso era mais política que econômica, mas são os interesses econômicos que levam à independência...hj seriam os interesses políticos que gerariam a dissidência.


A MacLiar, expressão do Cassius Clay Regazzoni vai ficar, a Toyota e a Renault provavelmente ficam como fornecedoras de motores, mas estão p/ sair enquanto equipese quem se saíra fortalecida será a Cosworth, que fornecerá motores p/ todos os novos, praticamente. E a Mercedes, que ganha com o enfraquecimento das outras montadoras.

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