Os escritores que aceleram neste blog

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acompanho a F1 desde 1994. por vezes o estranhamento choca e traz interesse. gosto de história desde 2002. bons professores trazem a tona paixões que pareciam subexistir. sou Ridson de Araújo, tenho 21 anos, faço História na Universidade Federal do Ceará.

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Este blog foi criado no intuito de divulgar, publicizar opiniões caladas e pesquisas que em geral não tem o devido espaço que (acreditamos) merecem. A iniciativa foi de Ridson de Araújo, e agora contará com colaboradores. Cada pessoa que se encontra aqui na redação tem o potencial como várias outras pessoas que tem/não tem internet, de pensar e agir. Duas paixões e duas escolhas: História(s) e Velocidade.

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

O regresso não virá de vez? A opção italiana da Ferrari

Hoje de manhã, estava me preparando para tirar a barba, quando vejo na internet a desistência de Michael Schumacher de correr próximo GP, o de Valência, vulgo GP da Europa 2009.
Primeiro sobreveio o pesar: a F1, assim como o automobilismo mundial, precisava de um grande retorno, em grande estilo, com um grande campeão (mesmo para a aqueles que não gostam do piloto alemão, é um fato imponderável). Schumacher, como todo piloto com o sangue fervilhando pela oportunidade e pelo desafio, fez de tudo mesmo: pagou os testes com o carro de um milionário, pela "F1 Clienti", andando com pneus de GP2; ouvindo sempre rumores de que seu teste com F-60 seria absurdo, e que o veto da Williams era justo (o que nós, do Histórias e Velocidade concordamos, apenas achamos que qualquer piloto deveria ter um dia para testar, seja Schumacher ou Alguersuari, ou agora Badoer); e convivendo com constantes dores no pescoço, decorrentes de uma queda de moto de competição.
Essa queda e essas dores eram a grande dúvida. Muitos de nós deixamos de lado essa possibilidade de não ocorrer o regresso. Schumacher se submeteu a testes e mais testes. E a pressão de um carro de F1 é demais para ele (a pressão física, não a psicológica). Por uma ironia do destino, pagou caro por manter o espírito competitivo depois da aposentadoria em um esporte que, diríamos...nunca foi sua praia: a motovelocidade.
Schumacher é gente grande: sabe que correr nessas condições é muito arriscado; sabe que tem esposa e filhos, e as duas figuras que respondem por ele no mundo da imprensa: Sabine, sua acessora, e Willi Webber, seu agente, sempre estiveram com pé atrás. Webber segurou a venda de inúmeros produtos comercializando a "grande volta" do heptacampeão: sensata decisão. Sabine deixou claro que a volta dele só seria em condições aceitáveis de saúde, e com pescoço não se brinca. E não se pode culpar a Schumacher por isso.
Na onda comercial do GP de Valência, muitos se perguntam se haverá torcida lá: sem Schumacher e principalmente, sem Alonso, a corrida não promete nada. Já não prometeria: corrida de rua, com pouco glamour e muito calor.
Na contramão da desistência de Schumacher, a escolha de Badoer. Por quê não Gené? A equipe fará um anúncio nas próximas horas, masme parece ser um assunto claro. A tentativa desesperada de minimizar os efeitos da perda no marketing da categoria, e essa medida voltada para os italianos. É o primeiro italiano a pilotar a Ferrari em uma corrida de F1 desde Ivan Capelli, em sua jornada frustrada de 1992. 17 anos não é pouco.
Favoreceria a Gené o fato de estar em atividade, pilotando na Le Mans Series, sendo o atual campeão das 24 Horas de Le Mans. E de ser o piloto que está, assim...menos tempo sem pilotar um carro de F1. E foi o mais cotado até vir a idéia de Schumacher.
Badoer por sua vez tem muito mais tempo de casa, é italiano e...só. Não pilota faz 10 anos. Talvez Domenicalli o tenha escolhido pelo tempo de casa, ou esse fator tenha sido relevante. Mas não acredito não: a jogada marqueteira ainda foi razoável e Monza vem aí para não me desmentir. Sem dúvida, é claro, que no anúncio oficial serão postos outros fatores, ou talvez apenas o fator tempo de casa. E talvez outro: Gené está cotado para assumir o cockpit de uma das novas equipes de 2010, que necessitam de um piloto experiente. Assim Badoer, que ninguém quis aparentemente, seria uma opção "justa".
Puxa!

5 comentários:

  1. Desde que ouvi as noticias sobre as suas dores no pescoço, fiquei sempre de pé atrás em relação ao regresso. Ontem, quando li a noticia do Willi Webber, então já fiquei sem dúvidas. Mas não esperava que fosse já hoje. Pode ser um golpe na carteira, mas salva-se o piloto. Em termos de saúde e em termos de prestígio.


    O Badoer é como dizes: por ser italiano é que foi escolhido. E é agora a nova politica da empresa, com o Domenicalli na frente: mais italianização da Scuderia, e estas cinco ou seis corridas serão mais uma recompensa de fim de carreira pela lealdade à marca do que uma reconhecimento das suas capacidades. Se assim fosse, ele teria substituido Schumacher em 1999 e não o Mika Salo, como acabou por acontecer.


    E quanto ao Alonso e a Renault... vais tê-la a conduzir as ruas valencianas. Os camiões estão lá desde este Domingo. Se não é provocação do Flávio, então é um excesso de confiança!

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  2. Ah...uma errata: Larini é quem foi o último italiano a correr com uma Ferrari, em 1994, em substituição a Giovanni Alesi (ou Jean Alesi)

    não lembrava do Larini...que inclusive foi 2º no Gp de San Marino, em 1994 e fez a alegria local -e estava realmente feliz, o único que não conseguia se conter na press conference de felicidade (só lembrar da cara triste do Schumacher) .

    Ah, o Alesi é italiano e tem descendência italiana, tanto que o nome dele de verdade é Giovanni Alesi, mas para correr com o passaporte francês, colocou Jean Alesi.

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  3. Por que não estou surpreso? Não acreditei muito nessa estranha volta do alemão! Pelo menos a jogada de marketing funcionou!

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  4. Gostei muito da convocação de Badoer. O cara está há tanto tempo como piloto de testes e jamais teve a chance de guiar num GP substituindo ninguém.

    De la Rosa, Wurz, Montagny, Gene... todos esses já tiveram seu momento, é hora do Badoer ter o dele. Não promete muito, mas nenhum test-driver prometia. Espero que marque os primeiros pontinhos na F-1 e devolva o carro ao Felipe assim que der.

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  5. Que balde de água fria!
    Se o Massa é substituído pelo Schumacher, este agora é substituído logo por um zé-ninguém? Como diria o Neto, comentarista da Band, é brincadeira né!
    Que o Massa retorne em breve, a Ferrari merece coisa melhor!

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