Os escritores que aceleram neste blog

Minha foto
acompanho a F1 desde 1994. por vezes o estranhamento choca e traz interesse. gosto de história desde 2002. bons professores trazem a tona paixões que pareciam subexistir. sou Ridson de Araújo, tenho 21 anos, faço História na Universidade Federal do Ceará.

A Redação

Este blog foi criado no intuito de divulgar, publicizar opiniões caladas e pesquisas que em geral não tem o devido espaço que (acreditamos) merecem. A iniciativa foi de Ridson de Araújo, e agora contará com colaboradores. Cada pessoa que se encontra aqui na redação tem o potencial como várias outras pessoas que tem/não tem internet, de pensar e agir. Duas paixões e duas escolhas: História(s) e Velocidade.

O blog, na verdade: é de todos.

StatCounter


View My Stats

domingo, 30 de agosto de 2009

Gp da Bélgica- Raikkonen de volta e as possibilidades dos postulantes ao título

Um corrida com bastante emoção do começo ao fim, diversas ultrapassagens e a certeza de que este circuito tem de estar obrigatoriamente no próximo ano, sem balela de alternar com Hockeinheim. Ecclestone vai ter de ceder, pois assim como Mônaco, os donos de circuito tem um ótimo argumento nas mãos.

1 Kimi Raikkonen FIN Ferrari 1:23:50.995 44 voltas
2 Giancarlo Fisichella ITA Force India Mercedes +0.939
3 Sebastian Vettel ALE Red Bull Renault +3.875
4 Robert Kubica POL BMW Sauber +9.966
5 Nick Heidfeld ALE BMW Sauber +11.276
6 Heikki Kovalainen FIN McLaren +32.763
7 Rubens Barrichello BRA Brawn Mercedes +35.461
8 Nico Rosberg ALE Williams Toyota +36.208
9 Mark Webber AUS Red Bull Renault +36.959
10 Timo Glock ALE Toyota +41.490
11 Adrian Sutil ALE Force India Mercedes +42.636
12 Sébastien Buemi SUI Toro Rosso Ferrari +46.106
13 Kazuki Nakajima JAP Williams Toyota +54.241
14 Luca Badoer ITA Ferrari +1:38.177

Não completaram Volta/motivo

Fernando Alonso ESP Renault 27/abandono
Jarno Trulli ITA Toyota 22/abandono
Jenson Button ING Brawn Mercedes 1/acidente
Romain Grosjean FRA Renault 1/acidente
Lewis Hamilton ING McLaren Mercedes 1/acidente
Jaime Alguersuari ESP Toro Rosso Ferrari 1/acidente

- Fisichella consegue levar o carro para o pódium, o primeiro da equipe, bem como os primeiros pontos. Sutil tentou, correu razoavelmente bem, mesmo com os problemas na largada, mas não deu em nada. Assim, ele Sutil tem que ficar preocupado e se ligar para conseguir se manter na categoria ano que vem, mesmo com suas performances passadas interessantes. A Force India poderia ter vencido se na frente não tivesse Raikkonen, que anda demais em Spa, com um Kers eficiente...
- Ótima largada de Kimi, que facilmente conseguiu ultrapassar Fisichella , este que fez bem em não lutar, foi consistente e conseguiu na janela de pits se manter na frente para vencer. Bom tê-lo de volta na ponta por uma razão simples: aumenta a quantidade de carros na disputa por vitórias em Monza, e estranho para a janela de trocas de pilotos e equipes para o próximo ano: Brawn, Maclaren entre outras estão de olho, mas podem ser apenas conversas de paddock...com esse ritmo, ao menos o finlandês se mantém próximo ano.
- Rubens Barrichello tem um problema crônico com esse sistema de largadas... se não tem problemas com isso, sempre larga bem. Mas se tem, as consequencias em geral são catastróficas...ironicamente, esse azar pode ter dado uma "sorte". Tendo que mudar drasticamente de estratégia, ganhou uma renovada chance de conseguir estar entre os 8 primeiros. Pq?
- Se Barrichello tivesse largado bem, teria ganho no máximo uma posição, e estaria se ferrando na troca de pneus e abastecimento. Mudando a estratégia, conseguiu angariar 11 posições. na corrida, fez boas ultrapassagens nas horas certas, e teria sim boas chances de ultrapassar Kovalento se não fosse o ocorrido no final, com o vazamento de óleo. Milagrosamente conseguiu escapar e ir até o final na 7º posição, graças a Rosberg. Esperamos saber o que ocorrerá.
- Vettel começou mal, perdendo posições, mas conseguiu manter um bom rendimento no setor final, angariando a 3ª posição de Kubica. E sem dúvida foi o maior beneficiado de toda a corrida na disputa pelo título, pois descontou 6 pontos de Button e Webber, e 4 de Barrichello. E ainda marcou o melhor tempo da corrida.
Webber por sua vez foi o grande derrotado do dia, perdendo a oportuidade única de descontar o máximo de pontos possíveis para Button e Barrichello... E nem foi tanto sua culpa, já que seu mecânico deveria tê-lo prendido um tanto mais no pit por causa do piloto que vinha saindo dos boxes. O piloto era Heidfeld.
- Kubica e Heidfeld fizeram uma corrida nas possibilidades, pontuando e fazendo da história final da BMW algo menos vergonhoso. Nada senão pensar em uma ocasião específica do circuito, mas a equipe desde Valência vem demonstrando certa melhora.
- As Ferraris viveram momentos pardoxais. Um excelente desempenho do Kimi e um péssimo de Bad-oer. Ele não tem muita culpa no processo não, até alcançou mais o ritmo dos outros, mas nada favorável para ele se manter até Monza. A grande dúvida será: Fisichella será o piloto da Ferrari daqui a duas semanas?
- As Toyotas não tem jeito. Azar extremo de Trulli e vacilada que fizeram com Glock tiraram totalmente as chances de cada um. Trulli foi agressivo demais com Kimi e perdeu o bico, parou depois, não conseguia atacar Badoer pois seus acertos eram diferentes, e a Toyota não tinha o mesmo rendimento em reta, e teve que recolher por problemas.
Capítulo à parte: Renault.
- Nossa, que droga no pit de Alonso. Foi tocado no começo, entortando sua calota e eixo, e na troca os mecânicos nada puderam fazer. Depois, para evitar um problema à là Hungria, trouxeram-no de volta aos boxes. Fernando vinha fazendo prova para terceiro lugar.
- Grosjean largou bem. Revendo a largada, ele larga bem, ganha posições, mas Button o atropela.
- Não comentarei muito aqui sobre as suspeitas da FIA, anunciadas por Reginaldo Leme, do acidente no ano passado em Cingapura com Piquet,que supostamente seria proposital para favorecer a Alonso, fato que teria dado certo, já que Alonso venceu e muito por causa do safety car naquela hora.
As chances
- Button largou mal, e vinha lá para trás. Se envolveu num acidente, e viu Barrichello e Vettel descontarem vários pontos nas duas últimas corridas. Não, não é só psicológico, e não, não é só carro. Diversos fatores, inclusive a não adaptabilidade de Button a carros mais ariscos fazem com que ele abra o olho. Agora, ter Rubens e Webber não se dando tão bem deve ter sido um alívio inescrupuloso dele, que não merece vencer esse campeonato pelo que fez desde a Turquia.
- Rubens tem uma tarefa difícil. Mesmo com as corridas em seguida a seu favor, não dá para esperar que Button sempre se dê mal e ele sempre se dê bem. E confessado que ele tem que superar os erros do sistema de largada. Treinar isso nos treinos livres é proibido, mas algo tem de ser feito. São 16 pontos em 50 possíveis. Tem que descontar de Button mais de três pontos por corrida.
- Vettel tem algo ainda mais difícil pela frente. Hoje teve sorte, mas deve no máximo disputar o vice-campeonato.
- Webber, o grande derrotado de hoje, tem de ficar e muito preocupado. Inclusive porque seu próprio companheiro, com todos os problemas, o superou. E não era tão esperado assim.
Comentem, discutam e avaliem este post. Até mais tarde, com as notas. Abraços.

sábado, 29 de agosto de 2009

treino classificatório - gp da Bélgica

Surpreendente? Sim, pero no mucho. Os carros da Force India finalmente largarão no primeiro posto em um GP. E logo na Bélgica, no incrível circuito de Spa Francorchamps, na parte francesa da Bélgica, que é mais um país construído por diversos povos que não se entendem.
Não vou me ater a muitos comentários sobre o treino, pois mais do que nunca muito será dito na pesagem. E ou eu ou o Jobson traremos na medida de nossas possibilidades.
(Q1 Q2 Q3)
1. Fisichella Force India-Mercedes 1:45.102 1:44.667 1:46.308
2. Trulli Toyota 1:45.140 1:44.503 1:46.395
3. Heidfeld BMW-Sauber 1:45.566 1:44.709 1:46.500
4. Barrichello Brawn-Mercedes 1:45.237 1:44.834 1:46.513
5. Kubica BMW-Sauber 1:45.655 1:44.557 1:46.586
6. Raikkonen Ferrari 1:45.579 1:44.953 1:46.633
7. Glock Toyota 1:45.450 1:44.877 1:46.677
8. Vettel Red Bull-Renault 1:45.372 1:44.592 1:46.761
9. Webber Red Bull-Renault 1:45.350 1:44.924 1:46.788
10. Rosberg Williams-Toyota 1:45.486 1:45.047 1:47.362
11. Sutil Force India-Mercedes 1:45.486 1:45.119
12. Hamilton McLaren-Mercedes 1:45.239 1:45.122
13. Alonso Renault 1:45.767 1:45.136
14. Button Brawn-Mercedes 1:45.707 1:45.251
15. Kovalainen McLaren-Mercedes 1:45.761 1:45.259
16. Buemi Toro Rosso-Ferrari 1:45.705
17. Alguersuari Toro Rosso-Ferrari 1:45.951
18. Nakajima Williams-Toyota 1:46.032
19. Grosjean Renault 1:46.307
20. Badoer Ferrari 1:46.359
- Encontrar o acerto ideal foi fundamental. Os que optaram por ter mais velocidade nos 1º e 3º setor, ou seja, com menos asa, mais velocidade nas retas, aparentemente se deram bem. mas era muito difícil segurar o carro, vide as saídas de Badoer e Barrichello. Entretanto, isso pode mudar dependendo das condições climáticas soberanas amanhã.
- Aliás, amanhã mais do que nunca teremos uma verdade baseada no clima. Do resto, é apenas especulação barata e infundada.
- Fisichella fez bem? Fez ótimo. A equipe passa por um momento complicado extra-pista, com as burradas do dono da equipe. Sutil, que vinha sempre tão bem, não foi tão bem. A pole é por conta do peso. Inegável, e nem sabemos ainda. Mas a crescente de rendimento da Force India nos faz pensar que, se tivermos sorte, teremos finalmente os pontos dos indianos. E desejo muito isso, principalmente porque me lembra a Minardi.
- Rob Smedley pedir para Badoer fazer os melhores tempos próprioss e passar para o Q2? Haha. Inegável que ele chegou até próximo dos tempos "normais" e não aquele absurdo de Valência.
- Fisichella fez para conseguir lugar na Ferrari em Monza? =D Tem dúvida?
- Grosjean precisa domar o juízo, mas foi prejudicado pela merda do Badoer no fim, já que vinha fazendo tempo para passar no Q2. E Buemi me decepciona a cada corrida. O que se passa? A STR melhorou consideravelmente o rendimento, assim como a Force India, mas nada como uma pressão extra para acontecerem merdas. BAD que o diga.
- Rubinho saiu no lucro? Demais. Deve ter ido leve, e as Red Bulls mais pesadas, mas a distancia foi ótima. E ter Button ficando no Q2, com as Maclarens (que parecem ter as mesmas vantagens e desvantagens da Brawn...o que isso significa?)que pareciam ter uma sobrevida também fora dos 10 primeiros.
Até os pesos...comentem e façam suas previsões. E parabéns para a primeira pole dos carrinhos indianos.
_______________________________________________________________
(atualização) Agora com os pesos, galera:
1. Giancarlo Fisichella, Force India, 648kg
2. Jarno Trulli, Toyota, 656.5
3. Nick Heidfeld, BMW Sauber, 655
4. Rubens Barrichello, Brawn GP, 644.5
5. Robert Kubica, BMW Sauber, 649
6. Kimi Raikkonen, Ferrari, 655
7. Timo Glock, Toyota, 648.5
8. Sebastian Vettel, Red Bull, 662.5
9. Mark Webber, Red Bull, 658
10. Nico Rosberg, Williams, 670
11. Adrian Sutil, Force India, 678.5
12. Lewis Hamilton, McLaren, 693.5
13. Fernando Alonso, Renault, 684.4
14. Jenson Button, Brawn GP, 694.2
15. Heikki Kovalainen, McLaren, 697
16. Sebastien Buemi, Toro Rosso, 685
17. Jaime Alguersuari, Toro Rosso, 704.5
18. Kazuki Nakajima, Williams, 706.1
19. Romain Grosjean, Renault, 704.7
20. Luca Badoer, Ferrari, 691.5
- Barrichello mais leve, arriscará tudo na largada. Foi bom para o campeonato largar mais na frente de Button. Teve uma boa volta, foi bem na classificação, mas a Brawn é que não está bem. Prova maior? Button em 14º.
- Fisichella leve, pero no mucho como eu afirmei aqui em cima.
Kimi e Rubens no lado sujo da pista, é vantagem para o Kers da Ferrari, mas olhem com cuidado para Rosberg, Button e as Red Bulls, pq eles vem pesados demais. E Rubens deve fazer uma de 3 paradas. O que exigirá um rendimento excelente de novo, se quiser ter boas chances...mas é desafio difícil.
Não é loucura agora apostar em Kimi para a vitória. O leitor Willian pode se candidatar à Mãe Dinah !!!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Um espaço muito especial- F1 Database

Pela blogsfera (termo que ainda me causa muito estranhamento , por diversas razões) se encontra muita coisa legal. Muita coisa emocionante e curiosa, criativa e interessante.
Se torna um espaço de diversos usos, em que diversas vozes em geral caladas tem a oportunidade real de se expressar, de debater, de versar sobre o que (pensa que) sabe. Claro, gostaria que todos os espaços tivessem a liberdade e a possibilidade de serem usados para estabelecer o diálogo , a troca de experiências e não menos importante a mística de sentir-se ativo no meio social, tendo suas visões de mundo debatidas com a importância que (acredito) mereçam.
Dentre os diversos usos que um blog, ou a internet em geral, possa ter (a possibilidade é tão enorme quanto a rede mundial de computadores), o meu tenta unir dois mundos que são ao mesmo tempo extremamente distantes (público-alvo ou clientela; assuntos; interesses) e tão próximos ( historicidade, relação com a sociedade e também os assuntos) como História e Automobilismo, em especial a F1. A relação afetiva que estabeleço com os dois espaços é muito díficil e desafiadora de conciliar. Mas vem colhendo frutos inestimáveis.
Nessas trocas de experiências e opiniões, criam-se vínculos que ultrapassam a barreira geográfica normal. Conhecer o Jobson, por meio deste e de outros blogs, um conterrâneo aqui de Fortaleza e agora parceiro na tocada deste blog foi algo memorável e partindo de uma premissa que deixei bem clara no começo da vida do blog: é um espaço de divulgação. De idéias e de eventos, de assuntos e de vozes que merecem mais circulação do que têm usualmente. E não me arrependo de forma alguma: me sinto extremamente bem com isso.
Para além do Histórias e Velocidade, tive o prazer de conversar com outras pessoas, ler suas opinões, me arriscar e deixar fluir a coisa. E numa conversa com o Bruno Santos, do F1 Database, no msn ( uma surpresa agradabilíssima, pq no começo a gente desconfiava quem era, mas nada como trocar um papo e ver muita coisa em comum), surgiu a idéia de que eu publicasse um texto na sua coluna "Minha Paixão por F1".
Nessa coluna, o sujeito que escreve fala sobre como começou a gostar da categoria, quais suas memórias marcantes e como vê sua paixão hoje em dia. Oportunidade irrecusável, que aproveitei ao máximo que pude. Fiquei muito na expectativa pela publicação do texto e hoje ele finalmente saiu.
O F1 Database, como seu "piloto", tem um potencial latente. Nos comentários que fiz a ele, falando com sinceridade, disse:
"O seu blog tem duas coisas em especial e são marcas que sugiro a vc, mais uma vez, que nunca se perca:
-Um esforço genuíno de unir paixão, exercício de escrita e pesquisa. Formidável. E que sendo sempre melhorado, vai muito mais longe do que se possa imaginar. Vc consegue fazer coisas que poucos historiadores tem coragem e qualidade para fazer, mesmo nunca tendo lido nada de teoria histórica...e vc faz na prática!
- Uma percepção clara que a blogsfera é um espaço de divulgação, de debate, de circulação de idéias e um espaço para se fazer muitas outras coisas, como dar oportunidade a outras pessoas a tb publicar suas opiniões, e fazer amigos no percurso."
Só tenho obrigação de reiterar essas palavras no intuito não só de convidar a todos a acompanharem o F1Database, como também de lembrar-lhes do potencial que a Blogsfera tem, e pedir para que façam o melhor uso possível. E agradecer mesmo pela oportunidade. Para quem puder conferir, elá ou aqui comentar o texto e o blog, aqui está o link:
E até Spa! Valeu Bruno, vc é sempre uma leitura obrigatória.
( e sem frescuragem, pq esse texto tá muito emotivo) =P

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Notas do GP da Europa.

Como esperado a corrida foi uma fila indiana do começo ao fim. Nada contra o vôlei, mas que coisa mais chata ficar exibindo trechos das partidas durantes as transmissões das corridas. Como o Ridson explicou desde sábado estou sofrendo com problemas com a internet e infelizmente tive que ficar ausente.

1º) Rubens Barrichello (BRA/Brawn). 9,5
2º) Lewis Hamilton (ENG/McLaren). 9
3º) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari). 9,5
4º) Heikki Kovalainen (FIN/McLaren). 5,5
5º) Nico Rosberg (GER/Williams). 9,5
6º) Fernando Alonso (SPA/Renault). 8
7º) Jenson Button (ENG/Brawn). 7
8º) Robert Kubica (POL/BMW). 7
9º) Mark Webber (AUS/Red Bull). 6
10º) Adrian Sutil (GER/Force India). 7
11º) Nick Heidfeld (GER/BMW). 6
12º) Giancarlo Fisichella (ITA/Force India). 3
13º) Jarno Trulli (ITA/Toyota). 3
14º) Timo Glock (GER/Toyota). 4
15º) Romain Grosjean (FRA/Renault). 5
16º) Jaime Alguersuari (SPA/Toro Rosso). 6
17º) Luca Badoer (ITA/Ferrari). 0,5
18º) Kazuki Nakajima (JPN/Williams). 1.5
19º) Sebastien Buemi (SWI/Toro Rosso). 2
20º) Sebastian Vettel (GER/Red Bull). 5

Da próxima vez também faço os comentários justificando as notas!
Até breve.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ah é: as notas do Gp da Europa

Muitas coisas para se fazer, muitos abacaxis para enfrentar, e mostrar a qualidade deste rapaz que escreve em outros campos de saber. A saber, na História. Essa semana vou ficar de bobeira, e escrever aqui coisas sobre História, e convidar os amigos que frequentam esse blog a sair um tanto do lugar comum do gosto pelo automobilismo e pensar em como os conhecimentos de História e suas implicações ESTÃO no dia-a-dia,e podem ser aprendidos na prática.


Mas essa não é a hora, então...


Ah, talvez essa semana tenha uma agradável surpresa para divulgar aqui. Talvez... =D


Vamos às notas. Depois, quando o Jobson puder (ele está com problemas internetísticos, mas trabalhando com tudo dentro e fora das pistas deste blog, e desejo toda sorte a esse parceiraço nas duas vias) ele me manda as dele. E eu falo o pq, dessa vez.

1. R. Barrichello (BRA) Brawn 10 (preciso argumentar?)
2. L. Hamilton (ING) McLaren 9.5 (ótima corrida, fez o que pôde, a equipe não ajuda...)
3. K. Raikkonen (FIN) Ferrari 9 (vem tendo uma consistência ótima )
4. H. Kovalainen (FIN) McLaren 7.5 (começa muito bem, depois estraga tudo)
5. N. Rosberg (ALE) Williams 9 (ele merece mais que a Williams)
6. F. Alonso (ESP) Renault 8.5 (Alonsito faz milagres nessa carroça e a pista ajuda)
7. J. Button (ING) Brawn 6 ( o carro não tava mal, mas ele decaiu barbaridade)
8. R. Kubica (POL) BMW Sauber 8 (outro que merece mais do que tem)
9. M. Webber (AUS) RBR 5.5 (vacilou no fim, não pontuou, não fez nada...correu?)
10. A. Sutil (ALE) Force India 6 (Sutil é bom, mas azarado. Merecia um melhorzim...)
11. N. Heidfeld (ALE) BMW Sauber 5 ( sofre na BMW, mas é muito morno para a F1)
12. G. Fisichella (ITA) Force India 6 (boa corrida, ganhando várias posições, mas...)
13. J. Trulli (ITA) Toyota 5 (razoavel corrida, ganhando posições mas...)
14. T. Glock (ALE) Toyota 5 (corrida ruim...e volta mais rápida assombrosa -?-)
15. R. Grosjean (FRA) Renault 4.5 (moxo moxo..mas 1ª corrida, andando no ritmo do Alonso...)
16. J. Alguersuari (ESP) STR 4 ( hora de começar a correr melhor...)
17. L. Badoer (ITA) Ferrari 1 (pobre Badoer, que situação que te meteram...mas nada de reclamar, vc aceitou e pronto)
18. K. Nakajima (JAP) Williams 2 (o azar do GP...uma pena)
19. S. Buemi (SUI) STR 1.5 (já teve dias bem melhores, sinceramente...ET, te cuida!)
20. S. Vettel (ALE) RBR 4 ( não mereceu o que aconteceu com ele. Azarado ao extremo esse Vettel)


Comparem, Confiram, Comentem...Discordem, Dismintam, Desafiem!

domingo, 23 de agosto de 2009

Gr da Europa- comentários sobre a 100ª vitória do Brasil e a 10ª de Barrichello




Pululam comentários na internet sobre a vitória de Barrichello, a 10ª dele na categoria, quase 5 anos depois do Gp da China de 2004, a 100ª vitória de brasileiros na categoria. Essas marcas redondas dão mais tom à conquista.




Uma corrida mais animada que o esperado, com mais alternativas, mais ultrapassagens e mais emoção. Sobretudo, uma corrida em que a regularidade reinou sobre a irregularidade. Em que os detalhes fizeram toda a diferença, tons sutis de um final emocionante.




Parece que todas as vítórias de Barrichello na F1 são assim, e essa veio em um momento delicado e obscuro, e podem ter dado uma sobrevida ao brasileiro na categoria, ou um alento para deixá-la em grande estilo. De qualquer forma, ele desencantou e sua vitória pode ser elencada por diversos fatores...vamos a eles então!



1. R. Barrichello (BRA) Brawn 57 voltas em 1h35m51s289
2. L. Hamilton (ING) McLaren 2s358
3. K. Raikkonen (FIN) Ferrari 15s994
4. H. Kovalainen (FIN) McLaren 20s032
5. N. Rosberg (ALE) Williams 20s870
6. F. Alonso (ESP) Renault 27s744
7. J. Button (ING) Brawn 34s913
8. R. Kubica (POL) BMW Sauber 36s667
9. M. Webber (AUS) RBR 44s910
10. A. Sutil (ALE) Force India 47s935
11. N. Heidfeld (ALE) BMW Sauber 48s822
12. G. Fisichella (ITA) Force India 1m03s614
13. J. Trulli (ITA) Toyota 1m04s527
14. T. Glock (ALE) Toyota 1m26s519
15. R. Grosjean (FRA) Renault 1m31s774
16. J. Alguersuari (ESP) STR 1 volta
17. L. Badoer (ITA) Ferrari 1 volta
18. K. Nakajima (JAP) Williams 3 voltas
19. S. Buemi (SUI) STR 16 voltas/freio
20. S. Vettel (ALE) RBR 34 voltas/motor


melhor volta: Timo Glock (Toyota) - 1m38s683


Não deu para segurar

Essa frase serve para os muitos que vacilaram no primeiro stint da corrida:

- para Button, que mais uma vez largou mal, inclusive sendo mau piloto passando cortado na chicane e tendo que ceder a posição para Webber, não antes de ter forçado demais em Alonso e ter tomado um "X". Pode ser líder do campeonato, mas decaiu demais de produção.


- para Kovalainen, que em princípio serviu muito bem de escudeiro para Hamilton, permitindo ao britânico uma vantagem de 8 segundos com pneus macios. No entanto, Kovalainen não conseguiu abrir distância para Barrichello e perdeu facilmente a segunda posição, algo esperado. A estratégia para favorecer Hamilton ferrou com a corrida do Kovalainen, que na segunda parte ainda perdeu tempo e perdeu a chance única de pódium inteiramente Mercedes. Os alemães vão é chamar Rosberg ou Kubica. Mas Raikkonen estava voltando a um bom ritmo.

- Para Badoer e Grosjean, com suas palhaçadas na direção. Agora não tem mais desculpa. Não tracionaram corretamente, não pilotaram nem de longe bem. Devemos olhar com muita cautela esses caras em Spa. E Buemi? Larga razoavelmente na classificação, sempre batendo ou indo para fora da corrida.


- O motor Renault da Red Bull não ajuda em momentos decisivos para Vettel. Dois motores estourados e uma situação delicada para o alemão para o resto do campeonato e para a disputa do título. Foi um golpe pior do que chegar em 9º, como Webber. Quase, de misericórdia.

Disputas de ritmo e de estratégias

- A disputa entre Hamilton e Barrichello tomaram contornos fantásticos no segundo stint. Volta após volta, tirava a vantagem para depois recolocá-la. Ambos tiveram problemas: Hamilton de pressão, e Barrichello de equilíbrio. Mesmo assim, Rubens saiu com uma vantagem que foi praticamente decisiva. Quando houve a lambança da Maclaren na antecipação forçada do pitstop (erro crass na corrida) e com os incríveis tempos conseguidos antes da parada, Rubens chegou lá. E poderia ter conseguido naturalmente, sem erro da MacLaren. Mas o azarado Nakajima furou o pneu, e para não correr riscos os brawnianos anteciparam. Deu certo, mas nem foi necessário. Se houvesse um safety cara...

XD

- A Brawn fez uma excelente estratégia favorecendo aos seus pilotos. Transformando estratégia em realidade, ambos conseguiram uma vantagem grande com a escolha dos pneus. No fim, os macios para a Brawn nem foram tão vantajosos, mas ter duros em boas condições foi fundamental entre o 2º e 3º stint. Assim, Button ganhou de Webber, cuja equipe foi muuuuito burra.

A vitória e o saldo

- No fim, Rubens conseguiu administrar a vantagem, pilotando com certa cautela, o que ajuda a entender como Hamilton chegou perto do final. Assim faço a leitura da distância no final. Foram inúmeros fatores que colocaram Barrichello na frente de Hamilton, inclusive os méritos de cada piloto. Ambos foram fantásticos, rápidos e constantes, mas suas estratégias, os fatores da pista, o consumo de pneus e uma administração no final coerente.

- Uma vitória emocionante, com a musiquinha no fim um "anti-clímax". Mudar os arranjos do tema da vitória? Blargh..mal dava para ouvir, muito ruim e chateante, mas não apagou a beleza de ver um Barrichello chegando nos boxes e um verdadeiro corredor de pessoas de outras equipes aplaudindo-o, inclusive os da Ferrari, que já trabalhou com o piloto.
- Quem reparou Galvão valorizando Hamilton, como a aumentar o tamanho do adversário superado. Nem precisava, né?

- Para o campeonato, uma relativa volta de Barrichello à disputa do campeonato, com 18 pontos de diferença para Button. Significativa foi a ultrapassagem dele sobre Webber e Vettel, esse sim podendo ser considerado fora do jogo. Webber foi prejudicado pela estratégia da Red Bull, mas tudo terá mais clareza em Spa. O rendimento da Red Bull tende a voltar para o que era antes, e o da Brawn tende a cair, mas ao que parece os upgrades foram significativos.




- A Ferrari terá muito o que pensar, mas pós- Spa. Não só seus pilotos, mas sobre o rendimento de Raikkonen. Grande corrida do finlandês, um dos destaques junto a Rosberg nos "come-quieto" da vida. Será que vão fazer um acordo e mandá-lo de volta para a Maclaren? Kimi vai dando sua resposta na pista.




Bom, mais tarde volto com minhas notas...abraço e parabéns a Rubens Barrichello. Felipe Massa agradece À homenagem.


sábado, 22 de agosto de 2009

Gp da Europa- pesos e pitacos

Eis os pesos ...

1. Lewis Hamilton, McLaren, 653kg
2. Heikki Kovalainen, McLaren, 655
3. Rubens Barrichello, Brawn GP, 662.5
4. Sebastian Vettel, Red Bull, 654
5. Jenson Button, Brawn GP, 661.5
6. Kimi Raikkonen, Ferrari, 661.5
7. Nico Rosberg, Williams, 665
8. Fernando Alonso, Renault, 656.5
9. Mark Webber, Red Bull, 664.5
10. Robert Kubica, BMW Sauber, 657.5
11. Nick Heidfeld, BMW Sauber, 677
12. Adrian Sutil, Force India, 672.5
13. Timo Glock, Toyota, 694.7
14. Romain Grosjean, Renault, 677.7
15. Sebastien Buemi, Toro Rosso, 688.5
16. Giancarlo Fisichella, Force India, 692.5
17. Kazuki Nakajima, Williams, 702
18. Jarno Trulli, Toyota, 707.3
19. Jaime Alguersuari, Toro Rosso, 678.5
20. Luca Badoer, Ferrari, 690.5


(reporte em andamento)
Ufa..depois de muito tempo, afazeres inadiáveis e problemas, os pitacos:
- Kovalainen estava realmente voando, mais pesado que Hamilton. Foi muito azar para ele estar em segundo.
- Barrichello terá uma certa vantagem, pois mesmo sem o Kers, terá uma Brawn que nestas condições consome bem melhor os pneus que as demais equipes. Ainda por cima, a MacLaren tem um consumo muito irregular de pneus, o que deixa uma incógnita para a corrida. Ainda sim, Rubens terá que ser o que dificilmente é: um relógio suíço, com constantes voltas rápidas para tentar algo, já que mesmo o circuito tendo uma pista larga, as chances de ultrapassagem são muito poucas.
- Button, por sua vez, não anda fazendo bons treinos ultimamente. A Brawn, por sinal, passou desde a polêmica dos pesos na metade do ano a colocar para os dois carros um peso semelhante. A diferença é pouca, sendo o cálculo para a mesma volta, usando o rendimento de cada um e a estratégia necessária para a corrida o diferencial de quem pára primeiro e quem pára depois.
- Não culpem Nakajima desta vez: ele quebrou o motor e isso impediu melhores desempenhos. Naka estava andando bastante rápido, inclusive com condições reais de andar no Q3.
- Muitos disseram que Fernando Alonso andaria com o cheiro de combustível. Depois da classificação, muitos disseram que então mudou a estratégia. Nada, estavam certos antes. Ele bem que tentou ter o tanque vazio, mas o carro é que tá ruim mesmo. O que só dá um certo gás para a 14ª posição de Grosjean. Este é rápido, mas resta saber onde se encontra sua cabeça.
- palpite deste blogueiro que vos fala: fica entre Hamilton e Rubens Barrichello. Fiquem em especial de olho em Webber, Vettel e Rosberg, que podem surpreender.Não para a vitória, mas pela briga pelo 3º lugar. Button está nitidamente administrando o andar da carruagem.

GP da Europa – Classificação.

Saudações a todos, ainda bem que as corridas voltaram. Os torcedores espanhóis puderam lotar as arquibancadas para prestigiar o piloto da casa Fernando Alonso, depois que a punição da Renault foi transformada em uma multa pela FIA. Depois das férias a categoria retorna com força total em Valência um circuito de rua que não garante muitas emoções, mas até que tem entretido, ontem nos treinos livres teve até um acidente bem esquisito entre Alonso e Heidfeld. A BMW do alemão que foi abalroada pela Renault de Alonso e quase alçou vôo. No fim Fernando terminou com o melhor tempo da sexta em homenagem aos seus conterrâneos.

Começarei falando sobre o substituto de Felipe Massa na Ferrari Luca Badoer. Sinceramente eu não esperava um desempenho tão pífio do italiano, de longe um dos piores pilotos que já guiaram uma Ferrari em um GP e agora compreendo o motivo da Ferrari em sempre tê-lo mantido apenas como piloto de testes, seu desempenho foi muito ruim nem com o apoio e as dicas de Michael Schumacher adiantaram alguma coisa. Alguersuari e Grosjean se saíram muito melhor e com pouquíssima experiência comparando com Badoer um piloto que testa a mais de dez anos, enfim conquistou o último lugar com louvor. Acredito que seja sua única corrida, a Ferrari deve optar pelo Marc Gene ou quem sabe convidar o Sebastien Bourdais já que a equipe italiana briga pelo terceiro lugar nos construtores.

Romain Grosjean que substitui Ângelo Piquet na Renault fez um bom treino e passou até com certa facilidade para o Q2, não cometeu erros para alegria de Briatore. Force India também fez um bom treino e Adrian Sutil mais uma vez no Q2 resta saber qual será sua próxima trapalhada! Interessante a BMW depois que anuncia que vai deixar a categoria o carro melhora de rendimento, as atualizações funcionaram e agora contam com uma bigorna, Kubica chegou ao Q3. Fernando Alonso não chegou nem perto da pole como eu havia imaginado, mas pode buscar um pódio amanhã.

A Brawn voltou a ser competitiva, buscou reeditar os acertos do inicio do ano onde era a equipe dominante, já que as atualizações implantadas no decorrer do campeonato pioraram o rendimento do carro, então retornam para os ajustes que haviam funcionado anteriormente. Aparentemente funcionou, Rubens Barrichello fez o melhor tempo do final de semana no Q2 e vai largar em um ótimo terceiro lugar, já Button o mais rápido no Q1 foi mais conservador e finalizou em quinto. A Red Bull desta vez foi bem discreta e talvez esteja com uma estratégia diferenciada. Vettel larga mais uma vez na frente de Webber.

Dobradinha da McLaren com sobras em Valência. Lewis Hamilton se deu ao luxo de sair poucas vezes no Q1 e Q2 apenas para marcar um tempo bem competitivo para garantir a passagem para a próxima fase e retornava calmamente para os boxes. No Q3 nem se esforçou muito marcou a pole logo de primeira, depois só retornou a pista para consumar o fato já que o esforçado Kovalainen que tenta renovar seu contrato resolveu dar trabalho, mas no fim Heikki errou e o inglês nem precisou terminar a última volta se encaminhado para os pits, poupando combustível e equipamento.

As atualizações no carro que começaram a ser promovidas pelo time de Working no GP da Alemanha e que deram a vitória a Hamilton em Hungaroring mostram-se cada vez mais eficazes e a equipe inglesa tem tudo para dominar o GP Europeu. Para a corrida espero ver a fila indiana e luta por posições apenas nos boxes. Até mais com os pesos!

GRID:

1°) Lewis Hamilton (ENG/McLaren), 1.39.498
2°) Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), 1.39.532
3°) Rubens Barrichello (BRA/Brawn), 1.39.563
4°) Sebastian Vettel (GER/Red Bull), 1.39.789
5°) Jenson Button (ENG/Brawn), 1.39.821
6°) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1.40.144
7°) Nico Rosberg (GER/Williams), 1.40.185
8°) Fernando Alonso (SPA/Renault), 1.40.236
9°) Mark Webber (AUS/Red Bull), 1.40.239
10°) Robert Kubica (POL/BMW), 1.40.512
11°) Nick Heidfeld (GER/BMW), 1.38.826
12°) Adrian Sutil (GER/Force India), 1.38.846
13°) Timo Glock (GER/Toyota), 1.38.991
14°) Romain Grosjean (FRA/Renault), 1.39.040
15°) Sebastien Buemi (SWI/Toro Rosso), 1.39.514
16°) Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), 1.39.531
17°) Kazuki Nakajima (JPN/Williams), 1.39.795
18°) Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1.39.807
19°) Jaime Alguersuari (SPA/Toro Rosso), 1.39.925
20°) Luca Badoer (ITA/Ferrari), 1.41.413
__________________________________________________________________
Aproveitando o ensejo do Jobson, fazer apenas algumas considerações bem importantes sobre a classificação:
- Não creio que seja prudente julgar Badoer por seu desempenho. Muitos pilotos que passaram anos sem pilotar (até bem menos que Badoer) um F1, quando voltaram andaram os mesmos 2 a 3 segundos atrás dos melhores tempos. Nunca é fácil voltar ao ritmo de competição, embora seja tarefa dos pilotos de teste estar sempre aptos, pelo menos do ponto de vista físico. Nisso, Badoer cumpriu o papel. Não teve erros crassos, não bateu. Apenas estragou sua melhor volta e assim perdeu meio segundo num erro de tração na última curva, coisa que vi quase todos fazerem.
Ainda sim, a Ferrari não tomou uma boa decisão. Mas Badoer sabe da faca de dois gumes: voltar a correr é um privilégio e na Ferrari é um "Oscar"...mas depois de 10 anos... era preferível que ele optasse por correr em outras categorias competitivas para manter um bom ritmo. Já a equipe, como bem disse o Jobson, deve optar logo por um piloto que estivesse correndo, e Barrichello foi certeiro: Nelson Piquet Jr. Gené iria sentir uma dificuldade semelhante e nem Schumacher nem Massa estão em condições físicas, logo p/ eles o melhor é lutar por melhores resultados no campeonato de construtores.
Qualquer forma, fica a torcida para que Badoer consiga um mísero ponto, contudo inesquecível. Creio que ainda será ele em Spa, na próxima semana.
- Ainda resta ver os pesos, mas sem dúvida a Maclaren chegou lá. Hamilton levou o treino na tranquilidade necessária e sem dúvida é o favorito; mas Barrichello é um forte candidato, desde que tenha mais combustível que os "flechas-prateadas". Manteve um bom ritmo o fim de semana quase todo, e é muito forte no Q1 e Q2, mas sempre peca no Q3, principalmente na última curva. Contudo, um peso menos das Maclarens, junto ao Kers, vai dificultar e muito a ultrapassagem na primeira curva.
Não se enganem quanto à Hamilton. Em suas melhores voltas, tanto Kovalainen quanto Barrichello vinham melhor, sempre perdendo no Q3.
-Grosjean de fato cumpriu sua meta. Nada poderia se esperar a mais do franco-suíço. Não fez grandes erros, se aventurou até bem na primeira vez na categoria. Um 14º lugar é até razoável, mas temos muito a observar pelo ritmo de corrida dele. Aparentemente, Romain é rápido o suficiente para se adaptar, mas o ritmo da Renault deu uma significativa melhora e podem esperar que ele está sendo MUITO bem recebido pela equipe, para tentar esfregar na cara dos Piquet os rendimentos. Sinceramente, agora é hora do clã Piquet trabalhar nos bastidores, sem comentários ácidos (sei que é difícil para eles) para ir para uma Williams, Manor ou Force India.
Sairá muito no lucro.
Até mais, com os pesos.
Por Ridson de Araújo

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Uma opinião: Bernie Ecclestone



Retomando a nossa coluna semanal, entremeada por opiniões minhas e de Jobson Mendes, meu parente muito distante por parte de avô paterno , uma opinião após análise sobre este personagem extremamente controverso do paddock da F1 e do cenário político da categoria: o seu CEO, presidente "Uncle Bernie " Ecclestone, nascido em Suffolk, no dia 28 de outubro de 1930.







Para falar de Bernie, vou dialogar com alguns posts de outros blogs, os excelentes Histórias da F1 e Continental Circus. No Histórias da F1, Monocromático nos remete à carreira de Ecclestone:



- Piloto frustrado, que correra na F3 e deixara a categoria por conta de uma saída de pista cujo carro foi parar no estacionamento do circuito; e que em diversas tentativas de se alinhar no grid da F1, falhava miseravelmente, sendo muito mais lento que a maioria. Quaisquer detalhes a mais dessa empreitada, só conferir o link.

- Empresário de visão empreendedora, Bernie construiu carreira como colecionador de motocicletas e vendedor de componentes de motos, e depois como agiota e emprestador. Aventurando-se no mercado de pilotos,tornou-se empresário da promessa inglesa Stuart Lewis-Evans. Comprando a equipe Connaught, aos 27 anos, conseguiu alguns pontos com o pupilo Lewis-Evans. 1958, após a morte de Stuart no GP do Marrocos, deixa a F1 e volta a lidar com o ramo de empréstimos, leilões, sem deixar a atividade de empresário de pilotos. Assim, toma para si a promessa Jochen Rindt.

- Compra a Brabham em 1971, mantendo o nome pelo prestígio que a equipe possuía. Assim, administra a equipe como se fosse uma empresa, algo totalmente diferente do resto da F1 da época, mais "amadora" e entusiasmada pelo glamour. Ajudando na construção da FOCA, ou Formula One Constructors Association (uma espécie de FOTA nos dias de hoje), Bernie aumenta seu poder político dentro do circo da F1 e passa a gerenciar os contratos e acordos comerciais da categoria, favorecendo a marca e a ele mesmo. Tendo o conhecimento prático e estratégico da F1, é figura fundamental no boicote ao Gp de San Marino, em 1982, pela autonomia da FOCA nas decisões da F1 e alastra seu poder político com a presidência de Mosley na FISA (seu advogado na FOCA) e posteriormente, no cargo da FIA, posição que este Mosley ocupa de 1992 até os presentes dias.





- Bernie consolida a marca F1 com a criação da FOM (Formula One Management), se apropriando dos direitos comerciais e federativos da categoria e seu papel de "senhor dos anéis", cujos dedos são os dos executivos da grande corporação CVC, e que dão suporte financeiro para as transações.


(foto ao lado com os créditos ao Rianov Albinov, do excelente F1 Nostalgia)







Bernie e o crescimento da categoria F1



Enxergar Bernie dentro do panorama da F1 enquanto categoria cujo processo histórico foi de uma crescente expansão e popularização nos diversos mercados consumidores é percebê-lo enquanto sujeito histórico atuante, em uma relação praticamente dialética. Bernie tornou, como dissemos antes, a marca F1 em algo concreto, rentável e em consonância com a demanda comercial do capitalismo financeiro, corporativo e globalizado.



As duas criaturas crescem aos olhos de quem vê como um só, e complexas que são, entre o velho mundo da tradição, o dinâmico e sujo capitalismo globalizado e o novo e complexo mundo tecnológico e de possibilidades, a categoria atinge os níveis cibernéticos e suas medidas são frutos de seu tempo, e passíveis de suas transformações. Assim, Bernie é a figura-chave para entender o "teatro das sombras" que é a F1 e a sua popularização, ainda que o "velho duende" não seja figura escondida nem querida. Mas, referência...inegável.



É uma reflexão que deixarei para outro momento, com muito mais cautela e tempo para discorrer, mas é nesse processo contemporâneo de crescimento das marcas, do jogo comercial global é que a F1 e Ecclestone devem ser inseridos e observados. O diálogo com a História nunca é dispensável e acredito que esse olhar me ajuda a ver a F1 de outras formas.



Bernie e as polêmicas



Se inserimos Bernie em todo este contexto, como não o inserirmos nas grandes tensões políticas que a F1 passa? O constante risco de acidentes (e de mortes) foi sendo substituído pela limpeza estética e cirúrgica das condições da pista, dos carros e dos componentes (e ainda sim, coisa inevitável, são os acidentes. O caráter esportivo e lúdico de aventureiros e românticos foi sendo substituída pelo complexo jogo de investidores e cifras.


Bernie atuando como construtor na FOCA, ou como alguém para além do simples interesse de uma equipe (foi dono de duas, e em momentos de transição da F1), se localizou justamente no meio do fogo cruzado, sempre tentando levar vantagem pessoal e assim foi seu principal articulador. Sua figura empresarial no entanto contrasta com a própria relevância do esporte. Não é surpresa ver Ecclestone esse ano sendo considerado a salvação da categoria e elo do Pacto da Concórdia, já que justamente ele detém os direitos comerciais e faz parte do grupo que detém os direitos jurídicos, como um grande apresentador do circo; e ao mesmo tempo ser pivô de um ponto ultracontroverso ao negociar os direitos de transmissão com as equipes, num claro papel de: "eu já estive aí do lado de vocês, e agora sou eu que comando esse jogo, então sou eu que dito as regras, não importando que isso seja irônico e paradoxal." O que 25 anos, muitas cifras e um diferente lugar social confrontam a vida de um mesmo sujeito.




E em relação à critica do sistema de pontuação, que existe desde o começo da F1 e este mesmo Bernie na contramão de grande maioria dos torcedores e dos sujeitos que fazem o "esporte-negócio", opta pelo sistema de medalhas, favorecendo o vencedor em total detrimento dos "fracassados" e da importância da regularidade. Isto revela em parte o caráter de Ecclestone e do próprio jogo ao qual a F1 se insere: o da competição nua e crua, na qual só haverá um vencedor, o olhar apenas dos vencedores sobre os vencidos, o olhar do triunfo sobre a pluralidade e sobre as minúcias, as especificidades, as pequenas tramas que tão bem compõem e diversificam o esporte a motor.



Os elogios ao nazismo, por parte de Bernie e de Mosley, problematizados por mim neste outro post, as medidas autoritárias tomadas junto a Mosley no comando político e estratégico do top do Esporte a Motor não devem ser vistos como apenas produtos individuais ou insanidade, ou caducidade (caduquês....o nome que derem...), mas sim por um viés histórico, localizando-os em seus tempos de atuação e as demandas do presente. E isso não diminui em nada suas responsabilidade e falhas, mas ajuda a compreender, dentre outras coisas, como a F1 necessita hoje de figuras fortes e simbolismo arraigado,e como isso é usado para capitalizar o esporte e cifrar os desejos manifestos de torcedores por grandes emoções. Que maior exemplo seria então o do uso sistemático da figura de um heptacampeão como Schumacher e sua volta À F1 (que nem chegou a se concretizar de fato) para atrair atenções de uma antes ausente estrela atual, Alonso (cuja equipe foi absolvida na segunda feira)?
Minha tentativa, portanto, foi de mostrar Ecclestone em seu contexto, em seu habitat e em seu próprio jogo, e como ele historicamente constrói seu império à imagem de uma categoria esportiva que vai para muito além de sua figura. Estorvo, lunático ou empreendedor, o fato é que Ecclestone representa a parte pelo todo, a clara intervenção do sujeito na sociedade, e a sociedade no sujeito, e o paralelismos de suas experiências práticas. Mesmo não gostando, é figura obrigatória de se observar com olhos bem atentos...
Claro, há outros aspectos a serem explorados, mas quero que vocês leitores os abordem; apenas dei o pontapé inicial:
Comentem!

Bibliografia:


http://www.grandprix.com/gpe/cref-eccber.html



http://historiasdaformula1.blogspot.com/2007/09/bernie-ecclestone-o-piloto.html


http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernie_Ecclestone

http://continental-circus.blogspot.com/2009/08/o-regresso-de-antti-kahola-e.html



segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Jogo rápido

Sem tempo para maiores delongas, a vida anda corrida e nesses tempos sem corrida o que mais poderíamos dizer, além do que já foi dito e reeescrito nas páginas de milhares de blogs e sites de esporte ao redor deste mundo:
- Usain Bolt faz incríveis 9 segundos e 58 centésimos a prova dos 100 metros rasos, cerca de 37 km/hora. Um cara que ainda vai dar o que falar, quebrar mais recordes. Ganhou as olimpíadas e fez recorde mundial brincando, sorrindo e batendo no peito. Dessa vez não sorriu, mas olhou p/ trás e assim não fez exatamente seu máximo. Chegamos realmente perto do limite humano com esse cara. Só resta saber se ele vai além!
- A Renault foi absolvida no tribunal de apelação. Sinceramente eu queria ver mesmo Alonso correr em casa e ver logo esse Grosjean dizendo a que veio. A multa me pareceu pequena, mas a punição foi igual a Sebastian Vettel. P/ mim, como disse antes, era caso da equipe perder quaisquer pontos que fossem obtidos na corrida + multa, mas o piloto nada sofresse. Dos males, o menor.
Estarei de volta na quarta feira com o Uma Opinião que infelizmente semana passada não saiu. Mas sairá e tocará em outro nome polêmico do contexto automobilístico.Até mais...e opinem, sobre Bolt, sobre a vitória nos tribunais da Renault...

domingo, 16 de agosto de 2009

Quem você gostaria que voltasse à F-1?

Depois do anúncio da aclamada volta de Michael Schumacher à F-1 quando ele se dispôs a substituir Felipe Massa na Ferrari já na próxima etapa em Valência, abandonando assim a aposentadoria. A Fórmula-1 viveu uma grande expectativa pela volta do heptacampeão mundial as pistas, quando houve um considerável crescimento no interesse pela categoria e um aumento significativo na venda de ingressos para os próximos GP’S, visando o retorno de Schumacher, mas devido a problemas físicos mais precisamente no pescoço em decorrência de um tombo de moto, o alemão teve que desistir da idéia de voltar à ativa. Para frustração de seus fãs e admiradores.

Pelo menos, por enquanto, já quê seu empresário Willi Weber não descartou a possibilidade de Michael voltar, além do apoio do médico Johannes Peil e de seu Pai Rolf. Além de uma jogada de marketing, que não há como negar, também tenho que admitir que Michael realmente desejou voltar a competir nos monopostos.

Na história não é difícil encontrar outros casos de pilotos que resolveram parar por diversos motivos. Posteriormente mudaram de idéia e retornaram como Niki Lauda que teve o maior êxito até então. Recentemente outro piloto campeão, o canadense Jacques Villeneuve também manifestou o desejo de voltar à categoria em 2010.

Em virtude disso, fiquei curioso para saber dos amantes do automobilismo qual piloto vocês gostariam que voltasse à F-1? Então ouso propor aos leitores do blog que opinem, comentem sobre qual piloto vocês gostariam de rever na F-1? O Schumacher mesmo? Podem ser pilotos aposentados ou que estão em outras categorias, fique a vontade. Não custa nada sonhar!

Eu começo: Juan Pablo Montoya. E você? Participe!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Há 10 anos atrás: Um Gp da Europa inesquecível

Há cerca de 10 anos atrás...não exatamente no mesmo dia, mas tendo em vista a grande espera pelo GP das Europa, a F1 via um dos Grandes Prêmios mais surpreendentes de todos os tempos. Eu diria que só não superado pelo GP de Mônaco 1983.
À época, Michael Schumacher era o convalescente e, em seu lugar, Luca Badoer foi preterido pelo finlandês Mika Salo. Na disputa pelo título, um improvável Eddie Irvine, razoável piloto mas nunca um sério candidato ao título em teoria, e um Mika Hakkinen, grande piloto em uma temporada que não merecia ter ganho. Correndo por fora, a Jordan de Heinz Harald Frentzen e a segunda MacLaren de David Coulthard.Entretanto, esses dois foram os primeiros grandes personagens da corrida, mas não os finais.
Confusões iniciais
Na classificação, Frentzen foi pole, com Coulthard em segundo, Hakkinen em terceiro, Ralf Schumacher em quarto, Panis em quinto e Fisichella em sexto. Irvine em nono, Trulli em décimo e Salo em 12º. Os brasileiros foram mal, sendo Diniz o mais bem colocado em 13º e Zonta o último deles, em 17º.
A largada inicial foi um fracasso. Coulthard não pega no tranco, as luzes de largada tiveram problema em acender a verde, apenas tendo ficado aceso até a 5ª luz; e outros carros se engavetam.
Na segunda largada, Frentzen mantém a liderança e Hakkinen em uma largada esperta ultrapassa Coulthard, e diversos pegas lá atrás. As Stewarts vão ganhando posições e Rubens Barrichello ultrapassa Herbert (que largaram, respectivamente, em 15 e 14). E o grave acidente de Pedro Paulo Diniz, da Sauber, que fica de cabeça para baixo após ser atingido pela Benetton de Wurz, que saiu da pista e voltou atravessando o tráfego e colidindo na traseira do brasileiro. Embora Diniz tenha ido para o hospital fazer exames na cabeça e no pescoço, tudo ficou razoavelmente O.K. Entretanto, foi chamado o safety car .
A chuva e as tentativas desesperadas
A corrida prosseguia alucinante, com os quatro primeiros se atracando pelas posições, e Frentzen sem conseguir se distanciar. Uma chuva já esperada começava a atrapalhar as previsões normais das equipes, e em uma manobra arriscada, a equipe chama Hakkinen, apostando nos pneus de chuva. Enquanto isso, um ataque implacável de Schmacher é bem sucedido, ultrapassando a Coulthard. Pouco atrás, Irvine briga com unhas e dentes contra Fisichella forçando um erro do italiano.
Temendo a manobra da Maclaren, a Ferrari chama em tempo seus dois pilotos. Mas comete, segundo Murray Walker, " a MASSIVE MAL MISORGANIZATION", que em termos práticos significaria uma desorganização total com ambos. Primeiro com Salo, chegando a ficar 37 segundos, e com Irvine, 28 segundos no box.
Erros na pista
Muitos dos pilotos passam a usar demais da pista. Na clássica bifurcação de Nurburgring, Frentzen erra em frente a Coulthard, e este só mantém a posição indo para o lado errado. Antes de ser penalizado, o piloto da casa abandona, para desespero de Eddie Jordan, pois seu outro carro, o de Hill, abandonara logo no início por uma pane elétrica.
A corrida logo em seguida conta com o erro crasso de Coulthard, que perde uma única oportunidade de vencer e diminuir drasticamente a distância para seus competidores na frente no campeonato. Daí, a corrida fica nas mãos de Schumacher, que vinha pilotando incrivelmente bem. Fisichella, mesmo com erros, continuava na segunda posição e vinha fazendo uma sólida corrida e na primeira vez que liderava na pista, com um pit stop de Schumacher, ele erra, roda, e fica preso na grama. Fim de prova para Fisico*.
*Nesta época, a Ferrari anunciava a contratação de Barrichello no lugar de Irvine, e a disputa era entre Fisichella e Barrichello. Os dois vinham fazendo uma temporada de grande destaque, rendendo fantasticamente em carros inferiores, mas a juventude e inexperiência de Fisico o deixavam muito inconstante, fazendo com que o italiano perdesse uma oportunidade de ouro, que com certeza o acompanha até hoje na categoria.
A roda e o rendimento ruim
Deixando o trava-língua de lado, o fato é que isto mudou o rumo da corrida. Com todos os adversários a terem problemas ou abandonarem, a corrida estava nas mãos do alemõ. Até que a roda fura. Ralf consegue, mesmo quase ficando na grama, voltar à pista e se arrastar até os boxes. Como tinha umas sólida distância, ainda voltou na 5ª posição, à frente de Villeneuve e atrás de Badoer, da Minardi. Este, vinha fazendo uma sólida corrida pianinho, e chegava em quarto, com condições reais de finalmente pontuar na categoria, onde iniciara em 1993 e tinha esporádicas participações.
Mais abaixo, Barrichello, que vinha em terceiro, começara a ter problemas após o pit-stop, sendo ultrapassado por Herbert primeiro, e depois por Trulli, que vinha lá de trás em seu Prost. As câmeras, que primeiro mostravam a Norbert Haug e Eddie Jordan (Maclaren-Mercedes e Jordan), agora mostravam a Prost e a Stewart, dois grandes campeões mundiais que se aventuravam nas pistas agora como donos de equipe. Mesmo assim, Barrichello conseguia se manter longe de Badoer e agora de Schumacher.
O choro, o riso e a incrível disputa pela 2ª posição
Badoer, o preterido pela Ferrari em 1999. Badoer, o azarado. O que nunca pontuou. Traído por sua Minardi, em uma belíssima 4ª posição, ironicamente dava assim o 6º lugar a Marc Gené, seu companheiro de equipe. E em uma das mais marcantes cenas da F1 pós- Senna, ele chora desolado sendo consolado por um fiscal de pista.
Em outro rumo, Herbert. Vencedor de GPs em 1995, sendo companheiro de Schumacher na Benetton, ele estava longe das vitórias e longe de boas equipes, até ir para a Stewart em 1999, no ano mais forte da equipe (e último também). E antes de ter deixado o sonho, o velho escocês vê seu segundo piloto, que vinha sendo derrotado por Barrichello em quase todas as corridas no ano, vencer de forma incrível o GP da Europa. Herbert precisou de sorte, de boa estratégia e de um Trulli defendendo com unhas e dentes uma posição de honra para a Prost contra Barrichello, que colocava de lado, tentava no vácuo e nas chicanes, mas não conseguia. Os três chegaram a ficar colados e enfileirados, mas com Trulli a segurar o brasileiro, Herbert conseguiu a vantagem necessária para finalizar a corrida com segurança.
No pódio, uma mistura de alívio (Trulli, quase irreconhecível, mais loiro e bem mais novo); de decepção-alegria ( Barrichello, que sonhava dar a Stewart a primeira vitória de ambos); e de encantamento (Stewart e Herbert).
O saldo final
E, mediocremente, Hakkinen em uma disputa com Irvine, poucas voltas para o final, conta com um erro do irlandês para ganhar-lhe a posição, contar com o abandono de Badoer, e o não-combate de Gené para ficar com a 5ª posição. Schumacher mais novo com uma amarga 4º posição e Irvine em 7º, o que na época não valia nada.
Assim, Hakkinen ia para a penúltima corrida com uma vantagem mínima, sutil, mas fundamental.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O regresso não virá de vez? A opção italiana da Ferrari

Hoje de manhã, estava me preparando para tirar a barba, quando vejo na internet a desistência de Michael Schumacher de correr próximo GP, o de Valência, vulgo GP da Europa 2009.
Primeiro sobreveio o pesar: a F1, assim como o automobilismo mundial, precisava de um grande retorno, em grande estilo, com um grande campeão (mesmo para a aqueles que não gostam do piloto alemão, é um fato imponderável). Schumacher, como todo piloto com o sangue fervilhando pela oportunidade e pelo desafio, fez de tudo mesmo: pagou os testes com o carro de um milionário, pela "F1 Clienti", andando com pneus de GP2; ouvindo sempre rumores de que seu teste com F-60 seria absurdo, e que o veto da Williams era justo (o que nós, do Histórias e Velocidade concordamos, apenas achamos que qualquer piloto deveria ter um dia para testar, seja Schumacher ou Alguersuari, ou agora Badoer); e convivendo com constantes dores no pescoço, decorrentes de uma queda de moto de competição.
Essa queda e essas dores eram a grande dúvida. Muitos de nós deixamos de lado essa possibilidade de não ocorrer o regresso. Schumacher se submeteu a testes e mais testes. E a pressão de um carro de F1 é demais para ele (a pressão física, não a psicológica). Por uma ironia do destino, pagou caro por manter o espírito competitivo depois da aposentadoria em um esporte que, diríamos...nunca foi sua praia: a motovelocidade.
Schumacher é gente grande: sabe que correr nessas condições é muito arriscado; sabe que tem esposa e filhos, e as duas figuras que respondem por ele no mundo da imprensa: Sabine, sua acessora, e Willi Webber, seu agente, sempre estiveram com pé atrás. Webber segurou a venda de inúmeros produtos comercializando a "grande volta" do heptacampeão: sensata decisão. Sabine deixou claro que a volta dele só seria em condições aceitáveis de saúde, e com pescoço não se brinca. E não se pode culpar a Schumacher por isso.
Na onda comercial do GP de Valência, muitos se perguntam se haverá torcida lá: sem Schumacher e principalmente, sem Alonso, a corrida não promete nada. Já não prometeria: corrida de rua, com pouco glamour e muito calor.
Na contramão da desistência de Schumacher, a escolha de Badoer. Por quê não Gené? A equipe fará um anúncio nas próximas horas, masme parece ser um assunto claro. A tentativa desesperada de minimizar os efeitos da perda no marketing da categoria, e essa medida voltada para os italianos. É o primeiro italiano a pilotar a Ferrari em uma corrida de F1 desde Ivan Capelli, em sua jornada frustrada de 1992. 17 anos não é pouco.
Favoreceria a Gené o fato de estar em atividade, pilotando na Le Mans Series, sendo o atual campeão das 24 Horas de Le Mans. E de ser o piloto que está, assim...menos tempo sem pilotar um carro de F1. E foi o mais cotado até vir a idéia de Schumacher.
Badoer por sua vez tem muito mais tempo de casa, é italiano e...só. Não pilota faz 10 anos. Talvez Domenicalli o tenha escolhido pelo tempo de casa, ou esse fator tenha sido relevante. Mas não acredito não: a jogada marqueteira ainda foi razoável e Monza vem aí para não me desmentir. Sem dúvida, é claro, que no anúncio oficial serão postos outros fatores, ou talvez apenas o fator tempo de casa. E talvez outro: Gené está cotado para assumir o cockpit de uma das novas equipes de 2010, que necessitam de um piloto experiente. Assim Badoer, que ninguém quis aparentemente, seria uma opção "justa".
Puxa!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cadê as prometidas ultrapassagens?

Aproveitando o ensejo do post anterior do Ridson sobre o debate das melhores ultrapassagens da F-1. Volto ao tema, só quê, para comentar sobre as prometidas ultrapassagens para a categoria com a introdução das novas regras no pacote aerodinâmico de 2009. Bem, como todos podem notar a mudança não ajudou muito na melhora do show, em um post anterior sobre o GP da Inglaterra, aliás, minha estréia aqui no blog, eu já havia chamado a atenção sobre o tema: “... depois o que se viu foi aquela já tradicional fila indiana com exceção de alguns erros isolados como o de Felipe Massa que foi superado por Button. O pacote de medidas para aumentar as ultrapassagens nos carros de 2009 revela-se um fiasco quanto ao seu propósito. Troca de posições ainda sendo decidida nos boxes.” E por aí vai.

Somando-se, hoje saiu uma declaração do diretor da Ferrari Stefano Domenicali, indagando sobre as novas regras impostas pela FIA para esta temporada. Salientando principalmente para as alterações aerodinâmicas que não surtiram o efeito desejado, que era de proporcionar mais ultrapassagens. O contestado chefe de equipe da Ferrari também disse que espera que as lições de mais um fracasso na mudança das regras sejam levadas em conta para o próximo campeonato.

"Eu acho que o regulamento de 2009 foi alterado como forma de se ter mais ultrapassagens", disse Domenicali. "Mas se você olhar para as corridas, esse objetivo não foi realmente alcançado até agora. Então, isso significa que, quando há uma mudança de regulamento, antes de mudar, é muito importante ter a certeza de que aquilo que nós queremos atingir em termos de objetivos será realmente alcançado”, continuou o chefe do time italiano.

E prosseguiu na sua linha de raciocínio que o único ponto positivo de todas as mudanças foi à subida de outras equipes. "O objetivo alcançado foi o fato de termos um grid diferente, e outros carros estão mais competitivos. Isso é, com certeza, a única coisa que posso dizer sobre o novo regulamento", encerrou Stefano.

Timo Glock e Fernando Alonso já haviam declarado algo semelhante anteriormente. Talvez o maior problema não seja o carro em si, mas quem sabe os circuitos atuais que são padronizados em sua maioria por Herman Tilke que têm agravado o problema. Quem não se lembra da mutilação feita em Hockenheim ou as diversas intervenções feitas todos os anos em Spa-Francorchamps.

Quem acompanhou a corrida da Stock Car em Salvador sabe como é penoso assistir aquilo e provavelmente no GP da Europa em Valência como já foi comentado em outros blogs amigos, não devemos esperar muito por disputas de posições. Fomos iludidos mais uma vez pelas novas regras!

domingo, 9 de agosto de 2009

Debates inúteis? Ultrapassagem, estatísticas e números

Vendo as estatísticas dos números de ultrapassagem ocorridas ao longo desta temporada 2009, podemos inferir muita coisa. Ou nada. Ou apenas uma pálida sombra da realidade, iludidos e ao mesmo tempo entretidos no mundo da velocidade pelas disputas plásticas que cada vez mais se tornam disputas de plástico.
Esse debate está rolando no F1 Around. Quem puder ler os comentários, também é interessante. Deixo aqui meu enorme comentário lá para cá vcs apreciarem. Boas reflexões :
"Não sei se diria inútil termos as estatísticas, mas as condições em que os carros de corrida fazem ultrapassagem é, e sempre foi, em condições desiguais de alguma forma. Tem um clássico vídeo no Youtube (depois se quiserem procurem lá) sobre as top 10 ultrapassagens (de um só carro e as duplas) e vc verá que as condições plásticas da ultrapassagem negam muitas vezes que o carro à frente estava com menos aderência, mais combustível, menos rendimento no motor, motor menos potente, chassi diferente etc. As condições de ultrapassagem são assim, e dificilmente não o seriam. Salvos raras exceções em que os carros estão em iguais condições de tudo (ou bem próximas) e um ultrapassa o outro por pegar melhor tração ou frear e acelerar em melhores momentos.

Ou seja, a estatística ou deve contemplar tudo isso, ou não deve contemplar nada disso.Ultrapassar na chuva requer habilidade, assim como ultrapassar a um carro em condições inferiores.Considerem muitas outras varáveis e verão a grande qualidade de defender a posição quando se está em condições inferiores, aliado Às condições aerodinÂmicas ou a dificuldade natural de se ultrapassar em pistas estreitas. Se a F1 fosse um carro padrão, com tudo padrão e a única diferença fosse o piloto e os acertos de cada equipe, seria mais fácil de ver ultrapassagens? Seria mais fácil de visualizar melhores pilotos?

Lembro de ver muitos minimizando a ultrapassagem de Nelsinho em cima de Hamilton, e levantaram todas essas coisas que levantei acima. Desprezaram o aspecto plástico, o arrojo, a visualização do melhor momento,o uso correto dos nervos e do carro. P/ mim, ver ultrapassagens na F1 é entender que as condições dos dois carros em disputa são totalmente diferentes, e ao mesmo tempo apreciar a disputar, sem minimizar o que ela representa. Pq menosprezar é fácil, difícil é fazer, é saber se conseguiria.

Por fim, as estatísticas são apenas a sombra pálida dos resultados que elas parecem mostrar. Números nunca serão estatuto de verdade."

sábado, 8 de agosto de 2009

Resta uma...

... Vaga para os pretendentes que ainda sonham em montar ou adquirir uma equipe de F-1. A FIA reabriu o processo de seleção para escolha de mais um time, depois do melancólico anúncio da saída da BMW da categoria ao final desta temporada.

Max Mosley enviou uma carta aos times que ficaram de fora do controverso processo seletivo onde foram escolhidas as três primeiras equipes: Manor, US F1 e Campos. A carta explica que no momento há mais uma vaga disponível.

Ainda não sabemos quais critérios a FIA usará agora, já que no caso das três primeiras equipes selecionadas, as mesmas tiveram preferência por aceitarem correr com os motores Cosworth. Ao contrário das outras pretendentes como a Prodrive que sempre divulgou a parceria com a Mercedes-Benz.

A Epsilon Euskadi já havia manifestado o direito de concorrer à vaga assim que soube da notícia do abandono dos Bávaros e provavelmente seja a favorita agora!

Resta saber se Peter Sauber conseguirá reassumir a equipe que vendeu para os alemães no final de 2005, já quê as primeiras negociações foram frustradas. Apesar de ainda lutar para garantir à volta de seu time à ativa, pois, ele ainda detém 20% das ações. O mesmo perdeu o prazo para a assinatura do novo Pacto da Concórdia. Além da BMW não ter conseguido apresentar nenhum outro investidor interessado em comprar a equipe.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Uma Opinião: Franz Tost.


Continuando com a sessão semanal de Uma Opinião, uma coluna fixa aqui no Histórias e Velocidade publicada preferencialmente no meio da semana no qual nós comentamos sobre alguma personalidade ligada ao automobilismo seja piloto, dirigente ou jornalista. O Ridson já fez duas belas análises uma sobre Galvão Bueno e outra sobre Rubens Barrichello, e eu iniciei com Jacques Villeneuve.

Na coluna de hoje vou comentar sobre o atual chefe da Toro Rosso, Franz Tost. Esse austríaco nascido em 20 de janeiro de 1956 fã declarado do piloto Jochen Rindt morto em um acidente nos treinos para o GP da Itália de 1970 pela equipe Lotus e único piloto a ganhar um título póstumo na F-1 foi quem incentivou Franz para este meio automobilístico. Como alguma das pessoas que atualmente trabalham em cargos de chefia no automobilismo, Tost também se aventurou a pilotar quando jovem e participou da Fórmula Ford na Áustria sendo campeão em 1983. Posteriormente Franz decidiu seguir carreira universitária fazendo uma licenciatura em Gestão Desportiva na Universidade de Innsbruck.

Conseguiu emprego na Walter Lechner Racing School, no circuito Zeltweg. Passou pela EUFRA Racing onde foi gestor até conhecer Willi Webber e Ralf Schumacher. Willi que na época já era empresário dos irmãos Schumacher o trouxe para assessorar o mais novo dos irmãos, Ralf. Tost passou a ser assessor de Ralf Schumacher desde o inicio de sua carreira no exterior na F-3 japonesa e o acompanhou em sua chegada na F-1 primeiro na Jordan, depois na Williams onde posteriormente também passou a trabalhar a convite da BMW. Ralf seguiu outro caminho e Tost ficou com o papel de Gerente de Operações da equipe Williams-BMW até 2005.

Convidado por Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull para ser chefe da equipe Toro Rosso em 2006 na estréia do time que sucedia a Minardi. Franz Tost prontamente aceitou e logo depois fez uma boa parceria com Gerhard Berger que chegou como sócio do time, todavia, eles já se conheciam dos tempos de Williams.

No ano passado em uma cerimônia para premiar GP de Cingapura como primeiro GP noturno da categoria foi nomeado chefe de equipe do ano. Influenciado em parte pela surpreendente performance de seus carros na segunda metade do campeonato que resultou na primeira vitória da equipe Toro Rosso em Monza com Sebastian Vettel. Franz também é conhecido pela audácia em negociar com grandes nomes e por seu temperamento explosivo com os pilotos, sendo que seu último desafeto foi o francês Sebastien Bourdais recém demitido do time por ele.

Junto com Berger, Tost negociou em duas oportunidades convencer e trazer Juan Pablo Montoya de volta a F-1, mas, infelizmente sem sucesso, além de tentar tirar Mika Hakkinen da aposentadoria e depois da briga de Fernando Alonso com Ron Dennis e a posterior saída do piloto da McLaren também foi em busca do espanhol bicampeão mundial.

Mas, o episódio mais lembrado de Franz Tost na F-1 foi o arranca rabo que teve com o piloto estadunidense Scott Speed que competia pelo time e participante do programa de jovens talentos da Red Bull, no GP da Europa de 2007 em Nürburgring. Speed declarou que foi agredido por Tost após seu abandono, chegando a dizer que levou um murro no meio das costas, além de ser agarrado pelo pescoço sendo encostado na parede e afirmando – “Toda a equipe viu”. Na versão do diretor da Time de Faenza, Speed exagerou na descrição dos fatos, mas não negou a discussão - "Ele não quis ouvir que errou, portanto agarrei-o pelo ombro quando ele estava indo embora e disse-lhe: “Não podes virar as costas para mim desta forma”. “Eu nunca lhe agarrei pelo pescoço. “E depois de me acalmar, pedi-lhe desculpa pelo sucedido”. Declarou Franz na época. Temendo pela sua vida Speed saiu do time e da categoria sendo substituído por Sebastian Vettel na etapa seguinte.

Tost, ganhou fama de “esquentadinho” do circo da F-1. Na medida do possível tem sido um bom profissional e segue a risca a cartilha da Red Bull. Em 2009 está tendo que se virar com os desafios de gerir a equipe sem Berger e com metade do orçamento da matriz Red Bull um dos destaques do campeonato. Acatou a ordem para que a Toro Rosso fosse usada pela Ferrari para testar a longevidade dos seus motores nos treinos de sexta-feira dos GP’s. Só que tal acerto acaba prejudicando a equipe no decorrer do final de semana. Uma das explicações pela baixa competitividade da equipe este ano e das dificuldades para o acerto do carro que Bourdais sempre reclamava. Será que o francês foi pego para Cristo?

A Toro corre o risco de ser vendida, mas corajosamente, Tost já declarou que de qualquer forma será um construtor em 2010. E isso talvez explique sua escolha pelo jovem espanhol Jaime Alguersuari que trouxe a equipe uma ajuda de custo. E ainda para 2010 Franz Tost opte por outros pilotos pagantes para correr na equipe. Em busca da sobrevivência e autonomia, Franz espera retomar a boa fase da equipe sem ter que depender tanto da Matriz, aliás, já faz tempo que a Red Bull não tem mais tanto interesse em sua filial. E por esse mesmo motivo Berger abandonou o barco e deixou o abacaxi pro Franz Tost.

Fonte:
www.tororosso.com

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Teste de Schumacher com F-60, vetado.

Para que Michael Schumacher pudesse treinar com o carro da Ferrari de 2009 antes do seu suposto retorno no GP da Europa substituindo o acidentado Felipe Massa. A Ferrari teve que fazer um pedido para que as outras equipes permitissem o treino do alemão que ficou sem competir por três anos na categoria. Já que os testes estão proibidos durante a temporada. Para que isso acontecesse era necessária a aprovação unânime das outras nove equipes do Campeonato Mundial de F-1.

A priori, todos da FOTA tinham concordado, mas faltava a Williams e a Force India que foram suspensas do grupo e ambas tinham que concordar também. E eis que surge a Williams emitindo um comunicado com um sonoro não para as pretensões Ferraristas:

“A Williams não vê distinção entre as situações de Alguersuari e de Schumacher e sente que qualquer desvio à regra vai criar um precedente para o futuro”, e continuou - “Por motivos de coerência e justiça, somos contra a proposta da Ferrari com relação ao teste antes do GP da Europa”, afirmou a Williams, em nota.

A Williams que já engoliu muito sapo por causa da Ferrari, e para mim teve uma atitude acertada e esperada. Por que os ingleses iriam facilitar vida da Ferrari? Quem mandou a Ferrari trazer um piloto aposentado com tantos outros a disposição! Não estou aqui desmerecendo o Schumacher, mas acredito que essa situação só será por um GP, já no próximo o Felipe Massa volta. A Ferrari é conhecida por sempre querer se aproveitar e se beneficiar das situações, aliás, o teste de Schumacher com a F-2007 em Mugello foi estranho, mesmo usando os pneus da GP2, esse teste está sendo investigado pela FIA.

E a Williams não ficou só, Red Bull e Toro Rosso aparentemente voltaram atrás, já que fazem parte da FOTA, e também negaram o pedido dos italianos:

“Nós pedimos permissão para um teste de Alguersuari antes do GP da Hungria, mas ele foi recusado” e continuou - “Então, por que devemos aprovar uma liberação para o heptacampeão depois disso?”, questionou Dietrich Mateschitz, dono do Grupo Red Bull.

Claro que a Ferrari não gostou e soltou essa pérola para Williams:

“Adivinhe quem se opôs ao teste com a F-60? O time que não ganha nada há muito tempo e que, ainda assim, não deixou passar mais uma vez a oportunidade de demonstrar sua falta de espírito esportivo.
E, para que todos saibam, a Ferrari aprovou o teste com Alguersuari, mas parece que até mesmo neste caso alguém decidiu seguir à risca o que está escrito no regulamento”. Aprovou o teste do Alguersuari?

Como bem lembrou o jornalista Flávio Gomes a Williams nunca fez nenhuma gracinha contra a Ferrari por ela ter ficado 21 anos sem títulos...
Só vou acreditar nesse retorno do Schumacher quando ele estiver pilotando nos treinos livres em Valência. Já não tenho dúvidas que isso é uma tremenda jogada de marketing da Ferrari e do Bernie Ecclestone. Opinem!

domingo, 2 de agosto de 2009

Segunda-feira: Um dia daqueles! F1 tomando novos rumos

Recomeçar



Começarão as aulas da faculdade, as aulas escolares, o dia de semana de trabalho. E os rumos da F1 também parecem tomar novos rumos.






A saída da BMW pareceu desleixo da montadora com o esporte. E foi . Mas não foi só isso. Foi o prenúncio do Pacto de Concórdia, e a certeza de que a montadora não teria condições de se manter no espetáculo sambando por muito tempo. As expctativas sobre a iminente rendição da Renault, que assinou o Pacto, contrastam opiniões: a Renault aguenta o tranco e não recebe a enorme multa rescisória por quebra de contrato ou ela quebra os trancos, rola nos barrancos e fim de papo para Grosjean, para os planos da equipe em atrair recursos do mercado francês.


Não só a isso, seria mais uma possibilidade de vaga para outros interessados em ingressar no espetáculo.


O direcionamento dos acontecimentos últimos dos bastidores da F1 foi até necessário para reavivar os interesses pela categoria em tempos de férias. É a "silly season", ou mais conhecida como temporada de especulações. Pilotos, equipes, marcas, patrocínios. Um exercício complexo de gestão mercadológica que a categoria vem passando cada vez mais a cada temporada, confundindo a todos (e sem dúvida colocando questionamentos e suscitando debates).






O mais recente dos rumores, e sem dúvida um dos mais simpáticos até, é de que SuperNova e Piquet Sports, duas equipes da GP2, estariam interessadas em se fundir para conseguir comprar o espólio da Sauber, sem dúvida com o suíço como parte importante do processo.




Piquet F1(?)


O nome de Piquet na conversa seria para salvar a carreira do filho, e carregá-lo em seus carros, como por muito tempo na carreira dele o fez. Talvez. Mas Piquetzão teria saído fora da GP2 após o ingresso do filho na categoria máxima. Não o fez. Piquet nunca foi bobo, sempre gerenciou sua carreira com muita maestria (talvez não nas escolhas enquanto piloto, por equipes), mas criando uma empresa responsável para angariar dinheiro para alavancar sua carreira pessoal é sem dúvida prova do que Nelson Piquet é capaz. Além disso, seu nome tem peso, conseguiria atrair investimentos e escolheria pilotos capazes de dar suporte a isso, como fez com Roldan Rodriguez; um piloto razoável com patrocínio gordo.






Todavia, o ingresso de um nome Piquet F1 na categoria não apenas é complicado, é até sem sentido. Pelo menos em condições normais. Lembrar que tem inúmeras competidoras pelas vagas remanescentes nessa extrema renovação da F1 que ficaram chupando o dedo. Inclusive uma equipe sérvia, desconhecida,a Stefan GP, entrou com uma ação contra a FIA pedindo a anulação da escolha das novas equipes. E isso automaticamente anula o Pacto da Concórdia.
Aqui no Historias e Velocidade, lembramos especialmente da Epsilon Euskadi, que era uma das mais cotadas para assumir uma das três vagas, e que veio publicamente reclamar esse "direito" de assumir a vaga da BMW assim que a notícia de abandono surgiu. A Epsilon Euskadi tem nome difícil, mas uma sólida carreira de construtora em categorias de base, e tem os equipamentos e funcionários necessários para ingressar na categoria. Ele ainda tem mais capital garantido que a Prodrive e a USF1, junto com a primeira, ficaram de fora, "cedendo" lugar para uma razoável Campos e uma escrota Manor, que só está lá pela politicagem que acontece na FIA, numa ligação direta com Mosley e a Wirth Research.
Levantei em comentários por blogs amigos e aqui mesmo, junto com leitores deste blog, da possibilidade de uma parceria entre Sauber e o grupo basco. Uma parceria que seria bem concreta, e que com certeza traria no mínimo boa qualidade para esse novo grid, que é o que aparentemente mais está em falta.
O mercado de pilotos (?)
Se o mercado de equipes é uma inconstante absurda, avalie o mercado de pilotos. Uma incerteza paira sobre as equipes que assinaram La Concorde. Uma incerteza que pode tomar contornos mais dramáticos que os da pré-temporda deste ano. Brawn afirmou recentemente o interesse de manter a dupla de pilotos, o que traria nova vida à carreira de Barrichello, mas ninguém garante que o piloto ainda deseje estar nela, que a Brawn será uma boa opção e que ele estará nela próximo ano. Os contatos com novas equipes têm de levar em consideração mais do que nunca a experiência para balancear com novidades, uma vez que dessa vez se espera uma enxurrada de novos pilotos se inserindo principalmente nas equipes novas, que em muitos casos são de base.
Um nome nessa leva me chama a atenção: e Bruno Senna? Foi uma boa escolha esnobar a GP2, categoria que ele nem mesmo chegou a ser campeão.
É. O Pacto da Concórdia não poderia ter entrado em momento mais discordante. Tô começando a realmente me divertir com isso.

sábado, 1 de agosto de 2009

Pelos próximos três anos...

Saiu hoje o anuncio no site oficial da FIA a assinatura do novo Pacto da Concórdia entre FIA, FOTA e FOM acordado por ambos, passando a valer em 1º de Janeiro 2010 até 31 de Dezembro de 2012. Depois de toda polêmica sobre o teto orçamentário e a ameaça de um racha na categoria, enfim, vamos nos concentrar nas disputas na pista. Esse acordo, Pacto da Concórdia é o contrato que administra as relações na F-1 como um todo.

Supõe-se que as três novatas e todas as equipes que participam do campeonato deste ano assinaram o documento; com exceção da BMW. O quê aparentemente garante Renault e Toyota até o fim deste novo acordo. Também foram aprovadas algumas mudanças nas regulamentações técnicas do esporte para serem aplicadas no campeonato de 2010 em comum acordo da FIA com a FOTA, que será publicada em breve no site da entidade.

As equipes se comprometeram a diminuir os custos, para retornar aos patamares dos anos 90 que já havia sido anunciado no dia 24 de junho em Paris. E assim a FIA espera estabilidade e prosperidade no campeonato Mundial de Fórmula-1.

E ainda no final do ano, presenciaremos a mais um evento político da entidade, haverá a eleição para o novo presidente da FIA. A disputa para suceder Max Mosley está entre o finlandês Ari Vatanen e o francês Jean Todt.