Faz um certo tempo que pretendia escrever sobre Max Mosley. Advogado, ex-piloto de marcas, fundador e co-proprietário da extinta March, advogado e conselheiro jurídico da também extinta FOCA (Formula One Constructors Association), articulador do primeiro Pacto de Concórdia (acordo entre a extinta FISA a FOCA) - e daí carro chefe de sua campanha para se eleger na FIA, em 1993, que retomava a dianteira da F1, a princial categoria de monopostos do mundo-presidente da FISA e depois da FIA, na qual foi um dos principais articuladores para as melhorias nas condições de pista e de segurança nos carros, impulsionador de tecnologias responsáveis. Tudo isto daria ao inglês, de pai político britãnico influente e fascista, ligado aos nazistas alemães, e ligado ao partido conservador do pai (não sei, a piadinha com os chicotes é inevitável), uma biografia contundente, controversa e ambígua.
O fato é que este homem construiu sua trajetória ao largo do esporte a motor, e muito influenciou nestes últimos anos, com quatro mandatos consecutivos da Federação internacional que cuida deste mesmo esporte. E igualmente ligado aos últimos escândalos, desfechos tragicômicos e polêmicas de regulamento, disputas políticas que sem dúvida mancharam a imagem do automobilismo na opinião pública .
Sujeito fácil de se encontrar em qualquer blog que fale de velocidade, como este recém-criado, Mosley travou nos últimos meses uma batalha sem fim com a FOTA (uma versão atual da antiga FOCA) e com a Ferrari, líder da FOTA (aparentemente). O regulamento ambíguo acerca dos difusores de duplo andar, o teto orçamentário e o regulamento esportivo decorrente deste teto que divide, em termos práticos, a categoria em duas e aumenta o controle financeiro/ e político/ e ideológico da FIA sobre as equipes, são as pautas de discussão. No fogo cruzado, antigos aliados constróm desavenças públicas, discute-se o papel simbólico da Scuderia a F1 e vice-versa e não se chega a lugar algum. Ou se chega a um lugar triste, a perda de legitimidade junto ao público que não é tão chegado às disputas, que vê F1 por torcer para compatriotas, como é quase regra no Brasil (há exceções, evidentemente...)
A Ferrari perdeu a última no tribunal. Mosley perdeu o filho e a credibilidade, mas ganhou no cabo-de-guerra, rachou a opositora FOTA, esta que terá um longo e difícil processo de reorganização, não tenham dúvida. Resta saber se a tempo de impedir uma nova reeleição de Mosley.
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