Os escritores que aceleram neste blog

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acompanho a F1 desde 1994. por vezes o estranhamento choca e traz interesse. gosto de história desde 2002. bons professores trazem a tona paixões que pareciam subexistir. sou Ridson de Araújo, tenho 21 anos, faço História na Universidade Federal do Ceará.

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Este blog foi criado no intuito de divulgar, publicizar opiniões caladas e pesquisas que em geral não tem o devido espaço que (acreditamos) merecem. A iniciativa foi de Ridson de Araújo, e agora contará com colaboradores. Cada pessoa que se encontra aqui na redação tem o potencial como várias outras pessoas que tem/não tem internet, de pensar e agir. Duas paixões e duas escolhas: História(s) e Velocidade.

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Bolhas de caça nos cockpits?


Um post que devo desde segunda feira, sobre a viabilidade de proteger o cockpit de um carro de F1 de modo total, com uma proteção similar aos carros da Le Mans series:

Essa imagem acima circulou por vários blogs, e suscitou diversos debates. Por exemplo, este no F1 Around, no qual Becken Lima suscitou uma dificuldade, partilhada por mim, de definir qual seria a melhor opção para evitar dois tipos de acidentes distintos:
-um como o de Felipe Massa, Helmut Marko ,Ayrton Senna e o mais recente assassínio de Henry Surtees, cujos prejuízos supostamente seriam reduzidos se houvesse um cockpit fechado.
- e outro completamente diferente e igualmente perigoso, de incêndios que se iniciam dentro do cockpit, por vazamento de líquidos, como o de Tony Kanaan, na Indy.
Ok. E quais seriam essas dificuldades?
-De maneira bem didática, se um cockpit for fechado, ele tendo um material bastante resistente, e que não seja uma aberração aerodinâmica, funcionaria perfeitamente se não dificultasse bastante o resgate em incêndios como os de Kanaan e que quase vitimizaram Berger em 89. Não apenas pela contenção do fogo, mas pelo asfixiamento.
- O material que protege o carro tem que ser realmente resistente, e isso não é facil. A tecnologia usada é cara, e nestes tempos de crise o que se pode pedir? A melhor solução aparentemente é a mais cara.
- Cockpits fechados requerem pára-brisa. Claro. Impossível não colocar o vidro da frente, então seria totalmente inútil o uso de protetores laterais. E a habilidade de conseguir tirar o máximo na chuva é um dos requisitos mais pedidos de um piloto de F1, então no mínimo perderíamos parcialmente a exigência dessa habilidade, já que guiar na chuva requer um controle do carro que não depende apenas da visão.
- No F1 Around se sugeriu a colocação de protetores com abertura no teto. Seria uma boa, teoricamente, pois facilitaria a abertura tanto de dentro, quanto de fora, mas é insuficiente. Tem de ser uma abertura facilmente programada para sair de vez, já que arrancá-la em meio a um fogo seria loucura. A melhor solução para resolver o problema é criar um dispositivo que seja acionado assim que houvesse o incêndio, que seja acionado de fora do carro com um receptor dentro da célula de segurança, e esse receptor tem de estar bem protegido.
Há outro problema, levantado por um dos leitores, o Ernesto. As trajetórias são difíceis de serem previstas, e podem vir justamente da parte descoberta. Além disso, a abertura seria um desalento para a parte aerodinâmica. E isso, seria algo desejado ou indesejado.
Vejam, caros leitores, há muitas discrepâncias envolvidas, e nenhuma solução é infalível. Esporte a motor sempre oferecerá diversos riscos, sempre.


Um comentário:

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