Os escritores que aceleram neste blog

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acompanho a F1 desde 1994. por vezes o estranhamento choca e traz interesse. gosto de história desde 2002. bons professores trazem a tona paixões que pareciam subexistir. sou Ridson de Araújo, tenho 21 anos, faço História na Universidade Federal do Ceará.

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Este blog foi criado no intuito de divulgar, publicizar opiniões caladas e pesquisas que em geral não tem o devido espaço que (acreditamos) merecem. A iniciativa foi de Ridson de Araújo, e agora contará com colaboradores. Cada pessoa que se encontra aqui na redação tem o potencial como várias outras pessoas que tem/não tem internet, de pensar e agir. Duas paixões e duas escolhas: História(s) e Velocidade.

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Uma opinião: Jacques Villeneuve.

Bem, prosseguindo com a sessão semanal sobre algum piloto (do presente e do passado), jornalista do meio esportivo, dirigente de equipes, historiadores, enfim sobre aqueles que são alvo de nossos comentários aqui no Blog Histórias e Velocidade. Essa sessão será publicada preferencialmente no meio da semana. Teve início com um excelente texto do Ridson patrono deste blog no qual ele expôs sua opinião sobre Galvão Bueno. E eu começo com essa personalidade Jacques Villeneuve.

Nascido em 9 de Abril de 1971 em Saint-Jean-sur-Richelieu, Canadá. Jacques Villeneuve é filho de um mito da Fórmula-1, Gilles Villeneuve, que morreu durante os treinos classificatórios para o GP da Bélgica, em Zolder, em 1982. Só em 1986 ele efetivamente começou no automobilismo quando entrou para a escola de pilotagem de Jim Russell. Posteriormente passou 3 anos na F-3 italiana e foi vice-campeão F-3 japonesa em 1992.

Logo depois se transferiu para América do Norte, competindo na Fórmula Atlantic onde foi terceiro colocado. Em 1994 seguiu para Indy na equipe Forsythe-Green.
Vencedor das 500 milhas de Indianápolis e Campeão da Indy em 1995 o canadense chamou a atenção de Frank Williams que convidou o piloto canadense para um teste. Sendo rápido logo de cara Sir Frank não teve dúvidas em oferecer um contrato ao filho de Gilles e o acordo foi fechado entre as partes. Jacques Villeneuve se preparou muito bem para sua estréia na F-1 sendo o piloto com maior quilometragem nos testes da pré-temporada.

No GP da Austrália de 1996 Jacques iniciou sua trajetória na Fórmula-1 com tudo marcando a Pole Position e liderando quase toda a prova, mas no finalzinho por problemas no motor teve que ceder a vitória para seu companheiro de equipe na época Damon Hill que posteriormente se sagraria campeão daquele ano. O impacto da chegada de Jacques Villeneuve na época é comparável a de Lewis Hamilton em 2007 como um dos melhores estreantes da história da categoria. O canadense manteve a competitividade durante o ano e brigou com Hill pelo título até a última corrida onde perdeu uma roda do seu carro sendo obrigado a abandonar a disputa. Foi vice-campeão com 4 vitórias, 3 poles e 6 melhores voltas.

Em 1997 Villeneuve despontava como franco favorito ao título com o estupendo Williams Renault tendo agora Heinz Harald Frentzen como companheiro. Como desejado, Jacques foi campeão, mas não com tanta facilidade como era esperado pelo carro que possuía. Decidiu a taça com Michael Schumacher na última prova após um polêmico toque entre ambos que tirou o piloto da Ferrari da corrida. Foi muito inconstante durante o ano às vezes vencia com facilidade e em outras nem completava a prova, o título veio através desta campanha 7 vitórias, 10 poles e 3 melhores voltas. Talvez ele nem imaginasse que seriam suas últimas vitórias, seus últimos dias de felicidade no esporte...

Em 1998 depois de mais uma mudança no regulamento técnico com adoção dos ridículos pneus sulcados, o anuncio do abandono oficial dos motores Renault e a transferência de Adrian Newey para McLaren. A Williams não conseguiu fazer um carro competitivo e passou o ano sem nenhuma vitória. Depois de sair da Williams, Villeneuve se transferiu para pilotar e ser sócio da equipe BAR em 1999 junto com seu amigo, empresário Craig Pollock e já foram criando polêmica, carros com cores diferentes, sob o alicerce da indústria tabagista, proclamava que teria sucesso e já estaria entre os melhores em sua primeira temporada.

Foi uma catástrofe teve a sua pior temporada na categoria e não conseguiu marcar um ponto sequer, abandonou de vez a chance de lutar por vitórias e títulos começando de vez seu declínio na categoria.
Em 2000 a BAR se une a Honda, a equipe faz uma parceria fundamental e consegue dar um passo adiante em desempenho e resultados. Entretanto, Pollock e Villeneuve, aparentemente, nunca agradaram a gigante japonesa.

Villeneuve tornou-se um chato que exalava pura arrogância. Chegou a ser sondado pela McLaren Mercedes, mas esnobou, preferiu ficar na petulante BAR-Honda, onde tinha um contrato milionário, todavia, todas as grandes equipes lhe fecharam as portas. Desentendeu-se com muitas pessoas na F-1, dirigentes, pilotos e jornalistas. Certa vez, por muito pouco não saiu no braço com Juan Pablo Montoya após uma discussão entre ambos. Seguiu 2001 e 2002 com desempenho sofrível as coisas só pioravam o seu amigo Craig Pollock é despachado da direção da BAR sendo substituído por David Richards.

Antes do campeonato de 2003 soltou uma pérola devido à chegada de Jenson Button na equipe – “Se eu andar atrás de Button é melhor eu sair da categoria e ir para casa”. E foi justamente o que aconteceu foi superado constantemente pelo jovem inglês. David Richards não concordava com o exorbitante salário que Villeneuve recebia, e diga-se, nunca demonstrou ser um bom acertador de carros, aos poucos se conformou com seu salário milionário e passou a ser um exemplo de acomodação e fracasso.

Demitido da BAR-Honda antes da última corrida do ano no Japão. Takuma Sato tomou seu lugar e em 2004 a equipe sem Jacques fez sua melhor campanha em sua curta história na categoria finalizando como vice-campeã. Já Villeneuve participou apenas das últimas três provas de 2004 pela Renault a convite de Flávio Briatore substituindo Jarno Trulli sem apresentar nada de novo. Fernando Alonso nem tomou conhecimento dele.

Em 2005 tentou mais um retorno agora pela Sauber andou atrás de Felipe Massa a maior parte do ano. Em 2006 a BMW compra a equipe e a contra gosto leva o canadense que pouco apresenta até ser demitido por Mario Theissen na Alemanha por deficiência técnica e para seu lugar Robert Kubica.

A partir daí Jacques Villeneuve se aventurou por diversas categorias NASCAR, 24 de Le Mans, Speedcar Series, Top Race. Tentou carreira de cantor profissional, lançou até um disco. Enfim, tudo foi um tiro no pé, fez a opção errada na sua carreira afundou-se em sua arrogância. Hoje se oferece para voltar como um filho pródigo. Está com 38 anos mais humilde gostaria que seus filhos o visem correr novamente. Acredito que esteja amargamente arrependido por tudo que fez desde que abandonou a Williams, a equipe que acreditou nele e lhe proporcionou as suas maiores alegrias. Terá ele outra chance?

Fontes:
www.statsf1.com;
www.superlicenca.com.br

9 comentários:

  1. Ao meu ver o tempo de Villeneuve na Fórmula 1 já acabou. O seu fim de carreiro mostrou isso, foram várias demissões e nada de qualidade foi mostrado. Acho que ele vai acabar se queimando caso retorne para a categoria. Seria humilhante para um campeão ficar lá no fundo do pelotão brigando por nada.

    Abraço!

    Leandro Montianele

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  2. admito que não consigo ter uma opinião fria sobre jacques, já que ele me proporcionou uma grande alegria em 97, como torcedor da Williams. Mas o tempo dele já acabou voltar agora seria apenas pra ganhar uns trocados e ficar no fundo no grid.

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  3. Villeneuve é um raro de exemplo de alguém que estreou no auge e depois entrou numa bancarrota feia.

    Melhor mostrar as melhores fotos para os filhos, sendo a batida do Schumacher a última foto. Depois disso, não há nada de bom a ser mostrada aos muleques. Se tentar ressurgir, vai acabar dando outro tiro no pé. 38 anos é um pouco demais, não?

    Parabéns pelas colunas...

    abs

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  4. Voltando a dar o ar da graça no blog...Não acredito que idade seja o fator que atrapalhe Villeneuve (ou qualquer piloto), mas sim o fato de Villeneuve ser um nome desacreditado, que só teria um ponto positivo por se adaptar bem aos pneus slick. Do contrário, ele está muito por fora dos acertos, da nova aerodinâmica e além disso do estilo de pilotagem de F1.
    Não sabia sobre a tentativa de ser cantor, mas acredito que deva ter sido muito...tosca
    =D
    até mais, com os pitacos sobre a muito, muito polêmica classificação do gp da Hungria.

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  5. Sou totalmente favorável ao retorno de Villeneuve. Seria uma oportundade de se redimir em parte dos ridículos campeonatos que fez no final de sua carreira. Caso não dê certo, vai se apenas mais um tiro no pé, dentre tantos que já levou.

    Abraços!

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  6. Não se pode negar os grandes feitos que esse piloto alcançou, principalmente no início da carreira - chegando a ser campeão da F-1 com apenas 26 anos.

    Mais os títulos da Indycar e das 500 milhas de Indianápolis.

    Penso que alcançou tudo muito cedo, e tenha perdido a gana por vitórias. Tanto que não trocou a BAR pela McLaren quando pôde....

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  7. Eita..Gustavo vc ressuscitou um post bem antigo. Ele de fato conquistou muito cedo demais. Com carros excelentes em grandes equipes. Escolhas erradas, perda de foco..E agora meio que luta ridiculamente para voltar.

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  8. A questão da briga entre ele e Montoya foi devido, a provocação do Colombiano durante uma reunião em que ele citou o exemplo da morte daquele fiscal durante o GP da Australia em 2001, quando Jacques bateu na traseira de Ralf Schumacher e uma roda da BAR escapou e matou o fiscal que estava atrás da cerca. Jacques foi querer tirar satisfação do Colombiano que o bloqueio varias vezes durante a temporada ele disse" Você ainda vai matar alguém desse jeito" e o Montoya disse "Eu, de jeito nenhum, não sou eu que saiu por aí matando pessoas". Jacques perdeu a cabeça e partiu para cima.

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  9. Já questão dele sair da Williams é que foi devido dois motivos primeiro: após três anos o contrato com a Williams havia chegado ao fim, e o segundo é que a Williams estava desmoronando, sabemos que após a temporada de 1997, além de marcar o declínio de Jacques Villeneuve na fórmula 1, também foi da Williams. A ideia de construir a BAR foi de Craig Pollock que além de ser amigo pessoal,empresario e sócio, foi também o professor e até o tutor de Jacques no inicio da carreira, ele garantiu que a equipe seria um sucesso.Ele não esnobou a Mclaren , ele apenas tinha fé que a BAR poderia dar certo.
    Quanto o salario de quinze milhões de libras, o próprio Jacques disse que tinha muitas despesas com aquele jato particular, preparamento físico,pagamento de impostos em no Canada,( mesmo ele vivendo em Monaco) honorários com advogados, e os gastos que ele tinha com a própria equipe, foram tão grandes. Que durante a corrida do milhão em 2011, ele "Se vocês soubessem a quantidade de gente que se aproximou de mim devido meu o salario, a quantidade de problemas que isso me trouxe".

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