Os escritores que aceleram neste blog

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acompanho a F1 desde 1994. por vezes o estranhamento choca e traz interesse. gosto de história desde 2002. bons professores trazem a tona paixões que pareciam subexistir. sou Ridson de Araújo, tenho 21 anos, faço História na Universidade Federal do Ceará.

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Este blog foi criado no intuito de divulgar, publicizar opiniões caladas e pesquisas que em geral não tem o devido espaço que (acreditamos) merecem. A iniciativa foi de Ridson de Araújo, e agora contará com colaboradores. Cada pessoa que se encontra aqui na redação tem o potencial como várias outras pessoas que tem/não tem internet, de pensar e agir. Duas paixões e duas escolhas: História(s) e Velocidade.

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma opinião: Rubens Barrichello




Daremos aqui prosseguimento à coluna Uma Opinião, que sempre trará uma opinião pessoal sobre alguma personalidade ligada ao automobilismo, seja piloto, dirigente ou jornalista; ou sobre algum historiador, cujo viés infelizmente ainda foi pouco explorado e pouco alvo de discussão aqui no blog. A coluna "Uma opinião" estará no blog ou nas quartas, ou nas quintas, sempre alternando um artigo meu, Ridson de Araújo, ou de Jobson Mendes, grande colaborador do blog.




Um piloto que gera polêmica


Rubens Barrichello, que no presente momento corre na Brawn GP, dono do recorde de piloto com mais GPs disputados, é sem dúvida um dos pilotos mais geram polêmica do atual grid da F1, o que mais gera polêmica dos pilotos brasileiros que já disputaram a F1,e olha que consideramos os campeões brasileiros da categoria polêmicos. De onde surge tanta polêmica sobre Barrichello? Vamos reconstruir os passos deste piloto para entender o "efeito Barrichello" no torcedor que acompanha F1.

Um talento que promete


Rubens teve uma carreira pré-F1 fantástica; conquistou praticamente todos os títulos das categorias de base em que esteve, exceto o da F-3000, em que foi 3º lugar (à época, a categoria, junto com a F-3 inglesa, eram as principais categorias de acesso à F1 pelo nível de competitividade.
Um início que poderia ter sido em 1992, com a real possibilidade de pilotar um Benetton, algo que não se concretizou. Uma rusga com Briatore e uma oportunidade mais concreta com Eddie Jordan em 1993 o ingressaram na categoria; o ingresso foi difícil, com um carro até razoável mas bastante falível. No fim, muitas quebras e muitas frustrações, e 2 pontos marcados.

E uma corrida inesquecível, terminada a 3 voltas do fim, no Gp da Europa em Donington Park. Barrichello e Senna fizeram, juntos, a melhor 1ª volta de todos os tempos, sendo Rubens a largar do 12º para o 4º lugar, passar uma Williams imbatível de Hill e brigar até o fim com Prost, e ter um fim agonizante numa pane eletrônica.

Quem tiver dúvida, veja:

Gp do Japão 1993 (primeiros pontos de Rubens)

Um Senna que parte, e um peso que se inicia

Ayrton, um homem que construíu metade do mito que (ainda) é, morre numa curva em Ímola. Um Barrichello, menino, que na corrida anterior chegara pela primeira vez no pódio, no Gp do Pacífico, passa muito rápido em uma chicane e quase morre. Parada cardíaca, quebra de braço, desespero do tricampeão, seguido de um sábado negro que foi muito recentemente relembrado (aliás, o fim de semana inteiro). Aqui, podemos ver um excelente post de Daniel Medici, no Cadernos do Automobilismo, sobre o sábado, em que Ratzemberger morre - há uma continuação lá).


Um fim de semana que marca tanto a F1, como a Rubens Barrichello. Um peso que se inicia paira nos ombros de um jovem piloto de 22 anos, que perdera seu grande exemplo nas pistas exatamente pouco depois de ter se emocionado com sua visita no hospital e de uma crescente aproximação e amizade. E que revela muito do caráter do piloto: a vontade de provar para seu país seu valor, a necessidade de se sentir útil, de ser um herói. E sua maior armadilha.

Barrichello segue 1994 tentando provar isso para todos, e angariando simpatizantes, que colocam todo o peso de milhões de fãs órfãos de um ídolo ou de simplesmente alguém para quem torcer; e de outros milhões de fãs órfãos de um ídolo, e dispostas a rejeitar qualquer um que quisesse suprir esse espaço. Controvérsias à parte, Rubens dá a entender que quis mesmo tomar o lugar de Senna entre discursos mais pensados de que sabia que era mais um desejo que uma promessa, e mesmo que com toda a boa vontade possível, soou mal para muitos dispostos a descarregar suas frustrações em um sujeito ainda despreparado para tanto.


Desencontros e más-escolhas

Se o carro para 1994 ainda permitia sonhar, 1995 estava lá para dar uma rasteira após outra, mesmo com um inédito 2º lugar no Gp do Canadá, vencido por um Jean Alesi. Um pódio até improvável num fim de tarde. 1996 ainda mais, e o martírio do Gp do Brasil só ficava pior. Mas sempre levando vantagem sobre os companheiros de equipe (e sempre tendo certos privilégios de Jordan, que o considerava um trunfo).

1997, uma virada nos planos da carreira de Rubens, que o levou a assinar um contrato com Jackie Stewart, tricampeão mundial de F1 e desejoso de ser vitorioso também no posto de dono de equipe. Rubens sobre apenas uma vez ao pódio, em um inesquecível Gp de Mônaco. O carro é ruim e as quebras são constantes. 1998 é o retrato da inconstância, com boas e más corridas, e bons e péssimos resultados. E o descontentamento com Rubens na imprensa, na boca do povo e nas brincadeiras (que já tiveram alguma graça) do Casseta e Planeta. O protótipo do "pé-de-chinelo" só cresce, e Rubens não soube como lidar com isso. Não soube ignorar, nem jogar junto com as críticas: sofreu, não faltaram críticas, desculpas desnecessárias, mais escárnios e veio 1999.
Um ano cheio de disputas mágicas, com a com um Schumacher na chuva, bons resultados, e superando um Johnny Herbert em quase todas as corridas, inclusive na pontuação do campeonato. Mas, em um Gp da Europa, disputado em Nurburgring, Herbert por uma boa escolha na estratégia e improváveis acontecimentos, fizeram com que o vencedor fosse justamente ocompanheiro de Rubens. E tome provocações. Mas com tantos bons rendimentos, somados a um inconstante e irritadiço Ed Irvine, que não conseguiu ser campeão neste ano, mesmo com toda a inconstância da Maclaren de Mika Hakkinen, geraram a ida de Barrichello para a Ferrari, ignorando a possibilidade de um contrato com a MacLaren. Um contrato milionário, com rigorosas condições e uma estranha condição de 2º piloto. Será que na MacLaren teria sido diferente?

A história de Rubens Barrichello, feita por Pedro Bassan na ida de Rubens para a Ferrari


Um Schumacher no meio do caminho



Entre 2000 e 2005, 9 vitórias, inúmeros pódiums, 2ºs lugares, dobradinhas com Schumacher. E muitas dores de cabeça. A condição de 2º piloto fez com que Barrichello estivesse fora de condições de disputar de igual para igual com o alemão. O que Rubens insinuava ficou claro depois da Áustria-2002, gerando um debate que se alastra até hoje, em uma desnecessária atitude da cúpula (Todt- Brawn- Montezemolo) em trocar as posições, e que foi acatada por Schumacher (e que até hoje ele se recusa a comentar), repetindo um feito (menos polêmico) no ano anterior.




A mácula da troca de posições inferiu na cabeça de muitos torcedores, com ou sem o autocompromisso de se indagar sobre os bastidores de uma equipe ou do jogo político de uma grande equipe como a Ferrari e um grande campeão de valor comercial como Schumacher, atribuiu a atitude à subserviência, à covardia, ao desprezo. Muitos dos que gostavam do piloto passaram a detestá-lo. Outros, que o adoravam, passaram a defendê-lo quase que cegamente. Muitos poucos realmente se indagaram para além disto, e ainda mais, tendo um Galvão Bueno a tentar proteger seu novo mito (este só serviu para atrapalhá-lo ainda mais, em seus brados de esperança "seca-pimenteira") o caso o acompanhou até a saída da equipe, em 2005, com novas polêmicas, como a da redução de giros em Indianápolis nesse ano(e da contra-ordem feita pela equipe e novamente acatada pelo alemão de deixar Rubens vencer no tradicional circuito estadunidense no ano de 2002).
Mas não foram somente momentos de tristeza, de resignação. Duas vitórias em Monza, uma na Hungria, uma em Silverstone 2003, uma em Suzuka 2003-possibilitando o hexa de Schumacher sobre Raikkonen, a de Hockenhein 2000 (http://www.youtube.com/watch?v=nhhNgc1uAOc&feature=related (primeira vitória), uma em Nurburgring-2002, a controversa Indianápolis 2002 e a última, em Shanghai, 2004; dois vice-campeonatos (2002-2004) e um enriquecimento absurdo. Mas nenhuma real disputa de título. Não com Schumacher como companheiro.


Uma agonizante estadia na Honda e o renascimento na Brawn

Com Jenson Button como companheiro, e com o ressurgimento da Honda na categoria, e a promessa de títulos e prestígio, pelo enorme capital japonês, Rubens Barrichello chegou cheio de marra. E não conseguiu se adaptar aos novos compostos, às novas formas de guiar. Perdeu feio no primeiro ano para um motivado Button.

2007 foi o pior dos anos, num terrível carro. Nenhum ponto, em um carro agonizante e a pergunta de prós e contras: era necessário Barrichello na categoria ainda?

2008, um carro menos ruim e uma aula de pilotagem de Rubens, devolvendo o chocolate que tomou de Button em 2006; levou o péssimo carro à pontuação de 13, ao pódio em Silverstone, em um desempenho igualmente incrível em um carro de chuva ao seu próprio, em 1993; superando um companheiro desmotivado, certo, mas pilotando convincentemente, levando ao Q3 milagrosamente um carro que não tinha condições de estar lá.



Contudo, isso não foi suficiente para que Barrichello vencesse o duelo com Button pela vaga na equipe em 2009. Praticamente deixado de lado, Barrichello renasceu quando Ross Brawn fez o management-buy-out da falida equipe Honda. E o carro parecia fantástico na pré-temporada. E o reinício veio como uma fênix...


Um ano irregular

Após uma largada péssima na Austrália, seguida de uma recuperação e sorte para fazer a primeira dobradinha com Button, Barrichello foi acumulando resultados irregulares. Só veio superar o companheiro em largadas na terceira corrida, na China. Em resultados, até agora, só superou o companheiro no Gp da Inglaterra, o 8º GP. Com atuais 44 pontos contra 70 do líder, não venceu em 2009, e o companheiro 6 vezes.
Novas polêmicas :
- Gp da Espanha. Uma troca antecipada e uma melhor estratégia deram a Rubens um 2º lugar amargo, apesar de ter liderado boa parte da prova após uma espetacular largada. A briga gerou um remake do fantasma do 2º piloto, negado veementemente pelo piloto. Confiram aqui no blog esse post que fiz à época sobre o tal gp.
- Uma disputa de posições contra um pesado Piquet Jr rendeu justos sarros; afinal, Barrichello não tinha do que reclamar, apenas mostrando um desespero (compreensível, mas não justificável) por estar preso atrás de um carro pesado...desespero comum nessa temporada.
- Os erros da equipe fizeram com que Barrichello, no Gp da Alemanha, viesse da disputa do 1º lugar ao 6º posto, sendo a 5ª posição perdida no fim pel companheiro em uma troca de pneus e abastecimento...o que gerou mais críticas, pelas muito fortes declarações de Barrichello, causando mal-estar na equipe e esporros públicos de um lado, amenizadas não-tão-simpáticas de outro lado, por diversas personalidades no mundo automobilístico. E é claro, mais declarações de apoio e repúdio, e mais teorias de conspiração alimentadas por Galvão Bueno.
Neste outro post aqui, falo sobre diversas razões pelas quais Rubens teve dificuldade na presente temporada: http://historiasevelocidade.blogspot.com/2009/05/uma-analise-do-fenomeno-de-2009.html

Comparo Button a Barrichello, e tento entender, baseado em outras opiniões de outros blogs, o porque de Rubens não conseguir um bom rendimento, como estilo de pilotagem aliado ao projeto do carro; preparo físico e fase; hoje acrescentaria, dado o mal rendimento da Brawn nos dois carros ao problema crônico de aquecimento dos pneus em temperaturas, fato que deixou a Brawn para trás, impedindo que Barrichello tenha um bom rendimento até em chuva.

O fato é que Barrichello enfrenta uma temporada que pode ser a sua última, e não vem tendo um bom desempenho como em anos anteriores; aliás, muito se questiona sobre sua capacidade de correr em alto nível por 17 temporadas, e ainda mais se este ainda quiser correr por mais outras.
Rubens já teve anos melhores: 1994; 1999; 2002; 2008. Nestes anos, sobretudo em 2002, Rubens teve um desempenho digno de disputar o título estando em uma equipe que trabalhasse para isso e que tivesse um carro à altura. Claro, bater um Schumacher seria uma tarefa que talvez Rubens não conseguisse cumprir, mas teria sido uma boa disputa, de qualquer forma. Esta talvez tenha sido a única chance real de Barrichello lutar por um título, e justamente em uma hora como essa, o piloto já não demonstra o mesmo nível de pilotagem necessário. 2009 vai sendo um canto de cisne Barrichello, e dificilmente ele terá um carro à altura para inverter o quadro, diferente do começo do ano.

Enfim, a opinião: sentimentos diversos de um indivíduo que cresceu torcendo por Barrichello

Rubens gera sentimentos diversos: ódio; frustração; esperança; comoção.
Em mim, isso não é diferente. Desde criança, comecei a acompanhar a F1, mesmo sem entender muito do que se passava, decorando os nomes dos pilotos sem saber por onde corriam, e a sonhar brincando com carrinhos. Senna, eu e Rubens sempre vencíamos as corridas no fim...
Assistindo as corridas, vendo as piadas atá maldosas e exageradas dos parentes, torcia pelo que nunca vinha... uma vitória. Os pódios eram minimizados e a minha torcida era mais uma birra contra todos que eram órfãos de tempos gloriosos, de uma F1 emocionante e romantizada.
E grande a emoção com sua primeira vitória. Umas lágrimas da época ainda me arrepiam ao ver os vídeos, tanto quanto as vitórias de Senna e Piquet, que passei a acompanhar pelo Youtube. E as outras, as 9. E os desesperos pela quebra em um Gp do Brasil praticamente ganho, por uma pane seca decorrente de um erro no painel de combustível. E uma raiva de uma equipe que não precisava ter jogado nomes de prestígio no lixo por um campeonato ganho quase na metade.
Uma promessa de novos resultados. Ver outros pilotos brasileiros chegando e indo embora, enquanto Rubens estava lá. E a defesa incondicional deu lugar à torcida contida; e a torcida contida deu lugar às poucas alegrias, e a um gosto mais apurado pelo esporte em si, independente de quem fosse correr. E um desejo grande de que o único elo de minha infãncia na F1 não se perdesse no vácuo do esquecimento e da aposentadoria forçada.
Do triunfo por um pódio em Silverstone. De ver Massa correndo por uma vitória e ver um herói do passado disputando um 8º lugar e chegar a preferir notícias do segundo, e não do agora em voga. Nada contra Massa, que até torço por boas disputas, por sua recuperação e por suas vitórias, mas Massa não me empolga; Massa não estava em minhas lembranças da infância: a culpa não é dele.
De ver Rubens se erguer como uma fênix e sentir como se fosse um triunfo pessoal- contido, mas pessoal. De ver um canto de cisne se desenhando e desejando muito por uma última vitória, por um último momento de triunfo, de um último "tema da vitória" com a voz irritante de Galvão Bueno gritando Rubens Barrichello...
Rubens Barrichello é um marco de uma F1 que mudou muito em pouco tempo. 17 temporadas. É um piloto que alterna desempenhos acima da média com desastres monumentais. Sorte e azar, opostos que se atraem.
Seu valioso conhecimento de acertos, seu ouvido aguçado e sua forma superdidática de explicar mecânica para insiders e não-insiders nos programas de TV, primordiais para uma equipe de F1 se contrastam com sua língua-armadilha, com sua falta de tato em certos momentos, com seu espírito de equipe volátil.
Seu gênio difícil que se contrasta com sua maneira carinhosa de tratar amigos e fãs. Seu incrível talento em arrumar confusão se contrasta com seu talento em arranjar grandes amigos. Seu conformismo fora de hora que se contrasta com seu inconformismo também fora de hora. Seu caráter formidável que se contrasta com sua capacidade de por tudo a perder com poucas palavras mau empregadas, criadoras de uma imagem de Dom Quixote que se faz de vítima...
Rubens Barrichello não conseguiu corresponder às expectativas criadas por muitos enquanto estava nas categorias de base, nem às expectativas que ele mesmo criou ao dirigir com talento entre 1993 e 1994 e principalmente quando se arriscou a querer retirar muitos de um luto autoinflamável pela morte de um grande piloto. Uma tarefa de Hércules que um rapaz paulistano de nariz grande, de língua grande e desengonçado, mesmo talentoso, nunca iria cumprir.
Parece que tudo é maior quando se trata de Rubens. Uma dicotomia sem fim. É o unico no grid atualmente a conseguir atrair com força igual opiniões completamente conflitantes. Ficou provado, nos últimos meses, que o estigma de "piloto desvalorizado em sua própria terra" não é bem assim: de fato, mais respeitado lá do que cá, mas em diversos lugares as pessoas já se cansaram do seu jeito presunçoso e de suas críticas fora-de-tom. Deveria assumir mais os erros, em vez de culpabilizar a todos. Assim, sem dúvida, o estigma faria sentido, pois aqui ainda existiriam "Cassetas" e outros torcedores descabidos que lhe fariam o calvário sem se perguntar como se guia um carro de F1.
Potentor de uma família invejável, de muitos recursos financeiros, de um talento considerável para dirigir. Ninguém chega na F1 sem ter talento para isso. Ser um campeão depende de inúmeros fatores, incluindo sorte, talento, dedicação e hoje, mais do que nunca, equipamento de qualidade para isso. Se Rubens pertence a um tempo em que F1 era algo a mais que isso, que o piloto fazia diferença em carros ruins (em seu começo de carreira), passou a pertencer a uma F1 pragmática e fleumática, burocrata. E Rubens é um filho de seu tempo, não está alheio a isso. É paixão desmedida de muitos que o tornaram mais do que é, e a mania de descontar frustrações outras em sujeitos caricatos que o desenharam menor do que muitas vezes demonstrou ser.
Só resta uma coisa a dizer neste imenso post, necessário para tao polêmica figura: o desejo que Rubens se aposente da F1 no melhor estilo possível. Se isto nao for possível, ninguém gasta energia à toa. Ela sempre se renova em outras formas de energia.

21 comentários:

  1. Muito bom texto. Compartilho dos mesmos sentimentos em relação a Rubens e sempre procurei apoiá-lo. Espero tb que ele deixe seu nome na F1 de uma maneira positiva.

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  2. Oi Ridson. O texto ficou muito bom, parabéns. Assim como o conteúdo do blog. Com certeza voltarei para acompanhar. Só não entendi o motivo de vc ter linkado o seu blog por lá, sem ter omitido nenhuma opinião a respeito do assunto que foi postado. Acabou colocando só o link para essa matéria, que pouco tem a ver com o assunto. Gostaria de pedir a gentileza que voltasse e emitisse sua opinião com relação ao assunto em pauta. Diante do conteúdo apresentado por esse blog, seria uma enorme satisfação lê-lo por lá. Abração!!!

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  3. Cassius Clay Regazzoni31 de julho de 2009 às 11:21

    Ridson,

    Torcer para a zebra tem lá suas vantagens, mas no saldo final é muito sofrido.

    Rubens já me provocou sentimentos de admiração,principalmente na 1º vitória, a qual eu considero uma das maiores performances de um piloto de F1 de todos os tempos.

    Logicamente, quem é capaz de guiar daquele jeito entende do riscado, porém, depois da Áustria 2002, das desculpas intermináveis, do ridículo livro contra Ferrari, das críticas invejosas a Schumacher, de assumir sua falsidade em rede nacional, da decadência de sua pilotagem e da trairagem a Bruno Senna, acho que já passou da hora de Barrichello pedir o boné e sair de fininho.

    Se é verdade que ele foi um piloto com ares de gênio, com o passar dos anos e suas intermináveis atitudes de medíocre, parece que a mediocridade se incorporou à sua pilotagem.

    Hoje Barrichello é uma sombra de bom piloto, não tem ritmo consistente de corrida (vide o pau que está tomando de Jenson Button e o fracasso das estratégias de 3 paradas) e está cada vez mais ridículo em suas considerações. Para o bem dele mesmo e da categoria, se tivesse bom senso, iria se aposentar no fim do ano, mas, como sei que bom senso ele nunca teve, vai continuar até ser demitido por insuficência técnica ou se acidentar, o que é muito triste de se ver.

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  4. Felipão: ei cara mil desculpas..na pressa de divulgar comentei em alguns (concordo com vc..fica chato de divulgar um blog e não comentar...mas vê lá que eu já te retornei o comentário

    Cassius: foi até um comentário ponderado seu rsrs...eu nem diria que ele teve seus ares de gênio, mas muito talento ele já demonstrou. Agora, não dá p/ comparar o Rubens de agora com o Rubens de 2000 ou 2002: Rubens estava em plena forma, no auge, mais ou menos como Jenson agora. Mas no meio do caminho tinha um Schumacher... é como falei no post: torço por ele por razões pessoais: birra contra o resto, relação com a infância...ele me empolga muito mais que o Massa, fazer o que?

    E É como sempre te disse nos outros blogs: acho que torcer só é saudável se vc sabe onde pisa, sabe enxergar defeitos e qualidades. Como tem gente que torce contra e tem gente que torce a favor sem enxergar isso, eu quis criar esse post, que faz parte de uma sessão (ou seja, não falamos aqui apenas de Barrichello, já falamos de Villeneuve e Galvão Bueno, e muitos outros falaremos aqui, sempre analisando primero, para depois emitir uma opinião pessoal, sincera)fixa no blog, para tentar ir para além da dicotomia: máximo-mínimo que colocam nos ombros de Barrichello.

    Deu um trabalhão para postar, mas valeu a pena. Muita pesquisa, indo até 2 da manhã..e ainda esqueci que ontem fez 9 anos da 1º e inesquecível vitória dele, talvez a mais emocionante 1ª vitória já vista, pelas condições que foi. A Ingrid no blog dela e o Flávo Gomes tmambém lembraram..

    http://athenagrandprix.blogspot.com/

    abraços e comentem mais...

    ps: E aí Cassius..para além da sua opinião sobre o cara: qual a sua opinião sobre o blog agora? E sobre o post em si?

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  5. Acima de tudo o considero muito contraditório. Acho que os maiores erros de Barrichello foi acreditar que faria a Jordan vencedora, rejeitou vários convites de outras equipes, grandes até, para continuar na equipe de Eddie Jordan. No final de 1996 leva um pé na bunda dele e se não fosse Jackie Stewart trazê-lo para sua equipe, ele já poderia está fora a muito tempo. E nunca ter assumido que era segundo piloto da Ferrari de fato, quando se transferiu pra lá, preferiu dar declarações que era do tipo 1b.

    Ótimo post!

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  6. Opa...

    Beleza, Ridson. Valeu.... Vou acrescentá-lo ao meu blogroll, inclusive!!! Abração!!!

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  7. Muito bom o texto.

    Sou um dos fans do Barrichello que sempre ficam sozinho em rodas de opinião onde todos começam a metralhar o cara e eu defendendo, sempre.

    Cresci torcendo por Barrichello e vou continuar torcendo sempre.

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  8. Olha, eu nem li o texto todo que não vale a pena. Mas tenho uma coisa a dizer, crescer torcendo para o Barrichello deve ter sido algo muito triste.
    Pelo menos na minha geração eu cresci torcendo para o Piquet.

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  9. Uma pena, Migdonio...vc poderia ter visto que o texto não foi uma apologia ao Barrica, e sim uma opinião equilibrada.

    Mas é perfeitamente normal em um texto que fala sobre o Barrichello. Ou muito se espera elogios, ou muito se espera duras críticas. As duas coisas ninguém espera.

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  10. Bom... comentar sobre Rubens Barrichello parece ser um desporto nacional no Brasil. Tenho pena de ver compatriotas vossos a vilipendiá-lo, só porque não correspondeu às expectativas que tinham, julgando eles que seria como Piquet e Senna (para não falar do Fittipaldi, que é mais distante) Em suma: os piores inimigos dos brasileiros são eles mesmos.


    Claro, Rubinho tem defeitos, e as queixinhas dele no final das corridas são uma boa arma de arremesso. Mas aqui no estrangeiro, falam disso mais no sentido de "cala-te e corre". O poróprio Schumacher disse que ele se queixa, independentemente de ganhar ou perder corridas!


    Fazer um resumo da sua carreira, apesar de ser longa, ainda é permatura. Dar algum tempo para pensar seria optimo. Hoje em dia, a história da Copersucar é respeitada e ouvida, e os seus carros são restaurados, apesar de Emerson e Wilson terem sido vilipendiados no seu tempo. Eu sei, cresci nessa altura.


    Se Rubens terá alguma vez estofo de campeão? Não. Se o Senna tivesse sido poupado ao destino, o Rubens seria uma pessoa diferente? Talvez. Mas uma coisa ninguém pode tirar: ele vai marcar uma época. E se está na Formula 1 há 17 temporadas, é porque tem talento.

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  11. Cassius Clay Regazzoni31 de julho de 2009 às 14:16

    Ridson,

    Só tenho a parabenizar sua iniciativa, você está indo bem. Vou ver se apareço aqui com mais frequencia, abraço.

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  12. Caro Ridson:

    Parabéns pelo seu belo post! A parte final "sentimentos diversos ..." é sem dúvida a melhor. Quando atuamos com sentimento, produzimos obras de arte - neste caso, um ótimo texto.

    No que concerne ao campeonato atual, repito o que tinha escrito naquele bloco do post: uma vitória de Barrichello nesta temporada, o que antes parecia provável, agora se transformará numa surpresa. Espero que aconteça e nosso simpático Rubinho possa ingressar positivamente na aposentadoria.

    Ridson, gostaria de ressaltar o mesmo que disse Felipão. É sempre simpático, ao divulgar um link, registrar pelo menos uma linha sobre o post no qual se comenta. Com o mecanismo Anti-SPAM, precisei resgatá-lo antes de chegar aqui.

    Terei prazer por retornar e ler e comentar os seus textos, sempre que possível.

    Abraços.

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  13. Nossa! Finalmente alguém que escreveu algo que me identifiquei sobre o Barrichello! Muito bom! Muito bom mesmo! Eu comecei acompanhar fórmula 1 qdo o Senna morreu então meu ídolo sempre foi e continua sendo o Barrichello... Não tem jeito, podem fazer hora... E por isso sou "secadora" da Ferrari até o final dos tempos. Marise.

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  14. Muito massa cara. Me identifiquei muito com teu texto. Tbm acompanho o Barrichello desde criança e sempre torci mto por ele.

    Penso que o que há de mais belo no Barrichello é justamente sua transparência para se mostrar um ser humano como qualquer um de nós. E é por isso mesmo que as pessoas o condenam: pq ainda acreditam em heróis, em mitos, seres que não falham e não sentem medo.

    Como já diria Eistein, tudo é relativo. Pena que tem tanta gente que insiste em não perceber isso.
    A carreira do Rubinho sempre foi muito relativa, com altos e baixos, como é a vida de todos nós. Mas ele nunca deixou de acreditar nele e nos fãs, e de trabalhar com a cabeça erguida, mesmo nas horas de dificuldade, e é por isso que sempre gostei tanto dele.

    Parabéns pelo texto aí. E Dá-lhe Barrichello. Pra sempre no meu coração!

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  15. Primeiramente, parabéns pelo post Ribson. Não conhecia o seu blog, é o primeiro post dele que leio. Fez uma abordagem abrangente e interessante, principalmente por você contar um pouco da sua saga pessoal como torcedor do Barrichello.
    Assisto F-1 de verdade mesmo desde 2002; quando tinha 5 a 7 anos (anos 92-94) ficava brincando com meus carrinhos no tapete enquanto meu pai assistia. Por isso só acompanhei mesmo a fase do Barrichello pela Ferrari.
    De tudo o que você disse, acho que pouco pode-se acrescentar. Barrichello poderia ter sido mais humilde durante sua carreira,assim como Massa foi e é. O brasileiro o metralha constantemente mais pelo fato dele sempre "se achar"; as pessoas costumam rechaçar vigorosamente esse tipo de atitude. Afinal, muita gente acreditou mesmo que ele e o Schumacher eram do mesmo nível, que a única diferença era que ele sofria boicote da Ferrari. E quando finalmente ele tem o melhor carro e sem o Schumacher do lado, acontece tudo o que vimos até agora: a humilhação de ver o companheiro que sempre foi mediano ter 6 vitórias e ele nenhuma.
    Pra quem se acha tanto como Barrichello se acha isso é um prato cheio pro festival de zuações em cima dele. Ver os vídeos no Youtube do começo do ano, quando ele no Linha de Chegada prometia o título, que este era o ano dele, etc. dá uma sensação que estamos diante de uma piada ambulante. Acho que o povo o enxerga mais ou menos como aquele pobre que acha que é rico.
    Mas analisando friamente, o cara foi sim um bom piloto, teve atuações incríveis, um currículo pré F1 de respeito. Foi infeliz em suas escolhas, principalmente por ter ficado tanto tempo numa Ferrari que jamais lhe depositaria a confiança e responsabilidade de ser campeão pelo time.

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  16. Ao Marcus Mayer: vê lá o que escrevi no teu blog! Reitero o que disse p/ Felipão: divulgar um blog não é fácil. P/ divulgar esse post procurei ao máximo divulgar em blogs conhecidos e em posts relacionáveis a esse. Em muitos não consegui, pois poucos ou nenhum sequer mencionavam Barrichello, e sim a Schumacher, a queda da BMW e a Felipe Massa... comentando na maioria, consegui divulgar. E apenas copiando quando não dava mais...divulgar cansa o juízo (e como disse a Hugo Becker, do br-f1, que injuriado veio reclamar aqui-com razão até- nenhum blog se auto-divulga! É justamente com o tempo, com a divulgação em blogs amigos e, às vezes, comentendo esses erros, que a gente aprende e tem o trabalho reconhecido, fazendo posts que agradem ou não

    Ao Carlos T: bem lembrado! O maior problema para Barrichello é sua língua, que dá a todos a impressão de que é o tal, de que vai vencer e pronto. Foi realmente decepcionante ver que ele já estava amarrando o pescoço prometendo coisas inpensadas asim que viu que o carro era bom de verdade (há quem diga que ele sabia, e enganou a Bruno Senna, mas acho que, se sabia, Bruno também, e mesmo assim Ross escolheria Barrichello de qualquer forma).
    Barrichello é como aquele amigo que fala demais, que toma uns pileques, e vc está muito preocupado em trazê-lo de volta para casa e vê-lo dar a volta por cima.

    mas por favor, meu nome é Ridson, e não Ribson rsrsr

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  17. Ridson,

    Muito bom texto. Mas....
    De todos os pilotos da F1, desde a entrada do Barrichello na categoria, o único que pegou carros excelentes e perdeu feio.

    Tinha a obrigação de ser vice do Schumacher pelo menos 5 vezes, com pontuação bem próxima, porque tinham os melhores carros. Seria ótimo para a carreira dele e ótimo para a equipe.

    Ao contrário, foi vice a 70 pontos do campeão. Isso não é diferença, mas sim uma eternidade.

    Este ano, por sua experiência na F1 e em carros velozes, tinha a obrigação de estar à frente do Button, um piloto muito mais novo que ele na categoria e que todos consideravam morto ou inexistente.

    Nada disso. Só vexame.

    Sinto muito.

    Rubinho, não dá, nunca deu nem nunca dará nada.

    Abs.

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  18. O Anselmo disse uma verdade, e eu ainda acrescento uma coisa... o Rubens andou em tudo que é tipo de carro que alguém possa imaginar.

    Carro bom, carro ruim, com TC, sem TC, com slick, com sulcado, com muita tecnologia, com pouca tecnologia, com V10, com V8, enfim, com as mais variadas possibilidades. E não chegou ao título porque simplesmente não é piloto para ser campeão. Mas esse não é o problema - na verdade isso é fato para a maioria -, o problema é ficar espalhando aos quatro cantos que irá chegar lá. Promessas sem sentido são um dos seus maiores pontos fracos.

    Só uma correção: Aquela devolução de marmelada nos EUA-02 não foi ordem de equipe, foi iniciativa do próprio Schumacher em retribuir a vitória. Mas acabou não minimizando em nada o efeito negativo do incidente da Áustria.

    -- -- -- -- --

    Ao Ridson e ao Jobson, além dos amigos aqui presentes, gostaria de fazer um convite para participarem de nosso programa ao vivo neste sábado, às 19h, onde falaremos dos fatos marcantes da F-1 nesta semana. Fiquem à vontade para se manifestar por lá também e fazerem o programa conosco. O link é este abaixo.

    http://robaovivo.listen2myradio.com/

    Abs

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  19. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a citação e o elogio a um dos meus posts.

    Para mim, assistir à F1 nos anos 90 não foi torcer por Barrichello; não para mim, e naquela época não entendia o interesse depositado nele. Ver a F1, para mim, era contemplar a ausência de Senna, dimensionar seu significado, procurar os vestígios do que não estava mais lá. Isso me fez ver a carreira de Rubens com mais distância, e talvez por isso mesmo eu não o julgue com tanto rigor. Nem tenho tanto interesse em encontrar os porquês de seus resultados e declarações: pacientemente, prefiro deixar o curso da história alocar as questões.

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  20. ola Rubens foi um bom pilot ma snunca foi um piloto campeão. Sua submissão a Schumacher e a Ferrari mostrou isso. E seu grand epoder de falar asneiras contribuiu pra ser motivo de chacotas tb.

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  21. Olha, primeiro começarei elogiando o novo lay-out, ficou bem bacana, principalmente na nova disposição. Poxa, o post ficou verdadeiramente bem completo.
    Eu sou um dos que torceu por Senna e depois migrou para o Barrichello, pelo menos ele nunca se omitiu. Mais que um grande piloto, sempre foi mais coração que razão.
    Eu acompanho o que disse o Piquet sobre o acidente de 1994, algo muito forte e seguido da perda do Ayrton, desconcertaram um pouco a carreira do promissor Rubinho.
    Vieram os anos e grandes frustrações. Vieram outras alegrias reprimidas, mas bem escassas em comparação ao tanto que se esperava dele.

    Vamos ver o que decide ao final desse ano, acho que será concorrido, a começar pelos novos times. A conferir.

    Recebi seu texto, Ridson, agora faltam os próximos detalhes. Já li e está bem legal. Abraço.

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